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Mãe de Henry muda versão, relata que era agredida e se diz inocente; "crime que não cometi"

Mãe de Henry Borel diz que ela e a família foram ameaçados pelo vereador, com quem teria vivido um relacionamento abusivo.

Por Da Redação

Mãe de Henry muda versão, relata que era agredida e se diz inocente; "crime que não cometi" Créditos da foto: Agência Brasil

A professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Bordel, mudou a versão sobre a morte do filho de 4 anos e relatou que o vereador Dr. Jairinho era violento.


As declarações foram compiladas pela defesa de Monique, que tentou convencer a polícia a ouvi-la novamente nas investigações do caso. Diferentemente do depoimento prestado, há mais de 30 dias, a professora contou agora que foi enforcada e obrigada a tomar medicamentos. A expectativa é que o inquérito seja fechado ainda nesta semana.


"Lembro de ser acordada no meio da madrugada sendo enforcada enquanto eu dormia na cama ao lado do meu filho. Quase sem ar, ele jogou o telefone em cima de mim perguntando, me xingando, me ofendendo, o porquê eu não estava atendendo ele e do porquê eu tinha respondido uma mensagem do Leniel (onde eu chamava de 'Lê' e ele me chamava de 'Nique'.", descreve Monique sobre o que seria um dos episódios de violência de Jairinho.


Em outro trecho, Monique nega que tenha acobertado a morte do filho. "Não mereço estar sendo condenada por um crime que eu não cometi. Nunca acobertei maldade ou crueldade em relação ao Henry", escreveu ela.


Monique também revela que Dr. Jairinho a dopava. “Comecei a notar que nas minhas taças de vinho, sempre havia um ‘pozinho’ branco no fundo (…) Um dia fui ao banheiro e quando voltei, peguei ele mascerando um comprimido dentro da minha taça”.


A professora também admitiu que mentiu no depoimento à polícia e conta sua versão sobre os episódios em que o filho foi agredido por Jairinho e sobre o dia em que Henry foi assassinado.


“Preciso prestar novo depoimento, pois fui orientada a mentir sobre a noite da morte do meu filho. Fui treinada por dias para contar uma versão mentirosa por me convencerem de que eu não teria como pagar por um advogado de defesa e que eu deveria proteger o Jairinho, já que ele se diz inocente”, conta em outro trecho.


NOITE DO CRIME


Na carta, Monique afirma que depois que Leniel entregou o filho para ela no domingo à noite, ela o fez dormir e foi assistir TV com Jairinho, e que Henry acordou três vezes. Ela diz que levou o filho novamente para a cama todas elas e por volta da 1h30min foi conduzida por Jairinho até o quarto de hóspedes e tomou remédios para dormir que ele havia entregue para ela. 


"De madrugada ele me acordou dizendo para eu ir até o quarto, que ele pegou Henry do cão, o colocou na cama e que meu filho estava respirando mal. Fui correndo até o quarto, meu filho estava de barriga para cima, descoberto, com a boca aberta, olhos olhando para o nada e pensei que tivesse desmaiado. Pedi pro Jairinho olhar ele, mas ele passou por nós pra ir até o banheiro! (...) Então envolvi Henry numa manta e corremos para a emergência", escreve.


A carta termina quando ela relatava o momento em que estavam no Hospital Barra D'Or, para onde Henry foi levado de madrugada e onde tentaram ressuscitá-lo. "Na emergência do hospital foram os minutos, segundos e horas mais desesperadoras que eu já pude vivenciar na vida. Eu orava, ajoelhava, implorava", e a carta termina. 


RELEMBRE O CASO

 

Henry estava no apartamento onde a mãe morava com o vereador Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca, e foi levado por eles ao hospital, onde chegou já sem vida na madrugada de 8 de março. 


O casal alegou que o menino sofreu um acidente em casa e que estava “desacordado, com os olhos revirados e sem respirar” quando o encontraram no quarto. Mas os laudos da necropsia de Henry e da reconstituição no apartamento do casal afastaram essa hipótese.


O documento informa que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática [no fígado] causada por uma ação contundente. A polícia diz que, semanas antes de ser morto, Henry foi torturado por Jairinho e que a mãe tinha conhecimento sobre as agressões.


Em 8 de abril, o Dr. Jairinho e Monique foram presos temporariamente, suspeitos de homicídio duplamente qualificado, de tentar atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas. Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri, e o padrasto e mãe da vítima permanecerão detidos preventivamente por 30 dias. 


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Crédito: Reprodução/TV Globo


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