Empregada revela que mãe de Henry dava remédio de ansiedade ao menino
A funcionária explicou no novo depoimento que a mãe de Henry e Jairinho, que é vereador no Rio de Janeiro, também faziam uso de muitos remédios, mas não soube explicar o motivo .
Em um novo depoimento de seis horas de duração, prestado nesta quarta-feira (14/4), a empregada doméstica de Monique Medeiros disse que a mãe e o padrasto e de Henry Borel, de 4 anos, davam um medicamento para ansiedade e um xarope de maracujá para a criança.
Leila Rosângela de Souza explicou no novo depoimento que Monique e Jairinho, que era vereador no Rio de Janeiro, faziam uso de muitos remédios, mas não soube explicar o motivo. A empregada ainda contou que a mãe da criança, além de dar “remédio para ansiedade” três vezes ao dia para o menino, dava xarope de maracujá porque ele “não dormia direito, passava muito tempo acordado”.
A funcionária de 57 anos contou que, em um desses momentos de choro intenso de Henry, ouviu Monique dizer que o filho "era muito mimado”. Segundo Leila, a professora teria dito ainda para o menino que “se ele continuasse chorando à toa, ela o ‘levaria para morar com o pai dele’, tendo Henry dito que não queria morar com o pai”, segundo outro trecho do documento de três páginas obtido pela CNN Brasil.
Leila Rosângela estimou que Jairinho e Henry ficaram sozinhos no quarto por cerca de 10 minutos, mas que não ouviu nada porque estava na cozinha. A empregada também contou que viu a babá perguntando para Henry sobre ele estar mancando, logo após sair do quarto. O menino então teria respondido que havia caído da cama e machucado o joelho.
RELEMBRE O CASO
Henry estava no apartamento onde a mãe morava com o vereador Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca, e foi levado por eles ao hospital, onde chegou já sem vida na madrugada de 8 de março.
O casal alegou que o menino sofreu um acidente em casa e que estava “desacordado, com os olhos revirados e sem respirar” quando o encontraram no quarto. Mas os laudos da necropsia de Henry e da reconstituição no apartamento do casal afastaram essa hipótese.
O documento informa que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática [no fígado] causada por uma ação contundente. A polícia diz que, semanas antes de ser morto, Henry foi torturado por Jairinho e que a mãe tinha conhecimento sobre as agressões.
Em 8 de abril, o Dr. Jairinho e Monique foram presos temporariamente, suspeitos de homicídio duplamente qualificado, de tentar atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas. Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri, e o padrasto e mãe da vítima permanecerão detidos preventivamente por 30 dias.
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