Hepatite misteriosa em crianças avança na Europa e alarma médicos no Brasil; transplante pode ser necessário
Os casos apareceram no Reino Unido e começam a se espalhar pela Europa. Até 21 de abril, houve 158 crianças afetadas em dez países do velho continente.
Um novo tipo de hepatite que está atingindo crianças e que tem levado uma em cada 10 a precisar de transplante do fígado está despertando a atenção de especialistas em todo mundo e, inclusive, a situação já foi alertada em comunicado da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os casos apareceram no Reino Unido e começam a se espalhar pela Europa. Até 21 de abril, houve 158 crianças afetadas em dez países do velho continente. Os EUA já notificaram nove casos e Israel, 12. Uma morte foi registrada —a OMS não especifica onde. Até hoje, 17 pacientes precisaram de transplante.
A nova manifestação, segundoo publicação do Uol, elevou a gravidade da doença a patamares inéditos e alarmou especialistas no Brasil. Eles defendem que os serviços de saúde se preparem e fiquem atentos a casos suspeitos de hepatite sem confirmação de agentes infecciosos já conhecidos.
"As investigações estão em andamento para o agente causador", diz nota da OMS do dia 23 de abril, que classifica a doença como "hepatite aguda de etiologia desconhecida". Para ajudar outros países, a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido emitiu orientações para os países afetados para apoiar na investigação de casos suspeitos.
Casos notificados pelo mundo até 21 de abril:
Reino Unido - 114
Espanha - 13
Israel - 12
EUA - 9
Dinamarca - 6
Irlanda - 5
Holanda e Itália - 4
Noruega e França - 2
Romênia e Bélgica - 1
ALERTA MÁXIMA NO BRASIL
Ainda de acordo com a publicação do Uol, a notícia dos casos colocou em alerta os infectologistas, que avaliam como provável o aparecimento da doença no Brasil.
"Isso preocupa muito porque ela está se espalhando rapidamente. Estamos presumindo que [o número de casos] vai aumentar, ainda mais agora com as viagens em alta com a pandemia mais controlada. É grande a possibilidade de chegar no Brasil", afirma Marcelo Simão, professor da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e ex-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) entre 2010 e 2014.
Segundo a OMS, o principal suspeito até agora seria uma infecção causada pelo adenovírus do tipo 41.
"O adenovírus tipo 41 geralmente se apresenta como diarreia, vômito e febre, muitas vezes acompanhados de sintomas respiratórios. Embora existam relatos de casos de hepatite em crianças imunocomprometidas com infecção por adenovírus, o adenovírus tipo 41 não é conhecido como causa de hepatite em crianças saudáveis", diz o comunicado.
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