Integrante da família Floquet é morto com cerca de 40 tiros em maternidade de Salvador
A informação foi confirmada ao Aratu On por agentes da 2ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Barbalho).
Um homem de 40 anos, identificado como Luiz Henrique Santos Miranda, conhecido como "Nino", foi executado na recepção da Maternidade Climério de Oliveira, localizada no bairro de Nazaré, em Salvador.
A informação foi confirmada ao Aratu On por agentes da 2ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Barbalho). De acordo com os policiais, o crime foi registrado por volta das 15h30 e gerou tumulto dentro da unidade hospitalar.
Funcionários da maternidade disseram de forma informal que um grupo entrou no local, com armas longas, e provocou correria dentro do prédio. O alvo era Luiz Henrique, que estava esperando para visitar o filho. Ele recebeu diversos tiros e morreu na hora, enquanto os criminosos conseguiram fugir a bordo de um veículo.
Pelo menos 40 cápsulas teriam sido encontradas no local da execução, o que só será detalhado pela perícia. Agentes da 2ª CIPM isolaram a área até a chegada do Serviço de Investigação de Local de Crime.
O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal de Salvador. A gestão da Maternidade Climério de Oliveira é da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Não há informações se a unidade tem câmeras de segurança. O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios da região Baía de Todos os Santos.
QUEM ERA LUIZ HENRIQUE
Apuração da reportagem do Aratu On com fontes da Secretaria da Segurança Pública aponta que a vítima era conhecida do sistema judiciário da Bahia. Ele tinha passagem por tráfico de drogas e já havia sido preso. Além disso, "Nino" era ligado à família Floquet, que comandou, por vários anos, o tráfico no bairro do Alto das Pombas.
Uma das ocorrências da qual a reportagem teve acesso, sem data exata, aponta que Luiz foi apresentado com vários entorpecentes. Na época, inclusive, policiais militares da 41ª Companhia Independente (CIPM/Federação) chegaram a afirmar que o suspeito era um "velho conhecido".
O então acusado foi achado na Rua Xisto Bahia, no Engenho Velho da Federação. Atualmente, o bairro convive com uma "guerra do tráfico" envolvendo as facções Bonde do Maluco e Comando Vermelho. Com "Nino" e um comparsa foram achadas 46 pedras de crack; "trouxinhas" de cocaína; além de uma balança de precisão.
FAMÍLIA FLOQUET
É o segundo membro da família executado somente neste ano de 2022. No dia 9 de outubro, Fabíola Floquet Miranda Caldas foi surpreendida por pelo menos um homem armado perto da própria casa, no bairro do Alto das Pombas. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos.
Apuração da reportagem do Aratu On aponta que Fabíola não tinha passagens pela Polícia Civil, mas era filha de Selma Floquet, que já foi apontada como liderança do tráfico na região.
A família Floquet teve homens e mulheres que se revezavam no comando das ações criminosas. Tudo isso mudou quando Averaldo Ferreira da Silva Filho, o “Averaldinho”, chegou na região e se colocou como rival da família.
A perda da força dos Floquet ficou ainda mais evidenciada após a morte, durante uma operação da Polícia Militar, de Edeílson da Silva Miranda, conhecido como "Coco", em 2019. Ele, inclusive, é parente de Fabíola Caldas.