Dia do Samba: veja cinco músicas que exaltam o gênero em suas letras

Ao longo da história do samba, diversos compositores dedicaram versos para homenagear o ritmo, sua origem, seus símbolos e identidade

Por Dinaldo dos Santos.

Comemorado em 2 de dezembro, o Dia Nacional do Samba celebra um dos pilares da cultura brasileira: é um gênero musical que ultrapassou gerações, fronteiras e classes sociais.

Em Salvador, o Dia Nacional do Samba volta a transformar o Pelourinho em um ponto de encontro para artistas, fãs e tradições que atravessam gerações. Nesta terça-feira (2), o Largo do Pelourinho recebe 40 atrações gratuitas a partir das 19h30.

Dia do Samba. Foto: Ilustração

Dia do Samba: gênero homenageado em canções

Ao longo de sua história, o samba não apenas embalou o país, como também cantou a si mesmo. Diversos compositores dedicaram versos para homenagear o ritmo, sua origem, seus símbolos e a identidade de quem o carrega.

A seguir, cinco músicas marcantes que enaltecem o samba dentro de suas próprias letras.

1 – “A Voz do Morro” — Zé Keti (1955)
Considerado um manifesto do gênero, o clássico de Zé Keti reivindica a importância do samba como expressão do povo. Na música, o compositor declara orgulhosamente: “Eu sou o samba / A voz do morro sou eu mesmo, sim, senhor.” O eu-lírico dá vida ao próprio samba, reforçando sua origem popular e sua força cultural.

2 – “Brasil Pandeiro” — Assis Valente (1940)
Imortalizada pelos Novos Baianos décadas depois, a canção enaltece a batucada como essência do país. Ao afirmar que “o Brasil tá cheio de samba”, a letra reflete a autoconfiança do gênero e sua capacidade de conquistar o mundo. A música se tornou símbolo da universalidade do ritmo.

Roda de Samba. Foto: feito por IA

3 – “Samba da Minha Terra” — Dorival Caymmi (1964)
Um dos sambas mais lembrados quando o assunto é identidade, Caymmi eternizou a frase: “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é.” A canção transforma o amor pelo samba em afirmação cultural e afetiva — elemento presente tanto em rodas quanto nos grandes palcos.

4 – “O Mundo É um Moinho” — Cartola (1976)
Embora não seja um hino direto ao samba, a obra-prima de Cartola é frequentemente reverenciada como prova da profundidade do gênero. A letra reforça a maturidade do samba enquanto poesia e emociona pela riqueza melódica e sensibilidade. Para muitos estudiosos, é um marco de como o samba se tornou também canção filosófica.

5 – “Samba de Arerê” — Arlindo Cruz & Grupo Revelação (2000)
Mais recente, o sucesso dos anos 2000 resgata uma linguagem celebrativa do samba. Ao cantar “samba de arerê, samba de arerê / samba de ararê, sambou”, a letra destaca a energia coletiva, a festa e a tradição que seguem vivas mesmo com a modernização do gênero.

Neste Dia Nacional do Samba, as músicas mostram que o ritmo vai além do compasso: ele é identidade, memória e resistência. Do morro aos palcos internacionais, o samba segue se reinventando, e como comprovam essas canções, não perde a oportunidade de celebrar a si mesmo.

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