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Promotor que investigava invasão à TV no Equador é assassinado

Segundo um jornal local, ele estava dirigindo quando foi alvejado

Por Juana Castro

Promotor que investigava invasão à TV no Equador é assassinadoCréditos da foto: Reprodução/X (antigo Twitter)

O promotor que estava investigando a invasão de um canal de TV do Equador - durante transmissão ao vivo - foi assassinado nesta quarta-feira (17/1), na cidade portuária de Guayaquil. César Suárez foi morto a tiros pouco depois de deixar um prédio da polícia local.


Segundo informações do jornal El Universo, ele estava dirigindo quando homens atiraram contra seu carro. Oveículo do promotor foi atingido por mais de 20 balas.


O Equador tem vivido uma crise de segurança pública, nos últimos meses, e Suárez havia sido designado para investigar qual dos vários grupos criminosos atuantes no país estaria por trás da invasão aos estúdios do canal TC no último dia 9 de janeiro. O ataque foi o estopim que levou o presidente recém-empossado, Daniel Noboa, a decretar estado de "conflito armado interno" no paíz vizinho, que vive uma crise de segurança pública.


Na última semana, o governo equatoriano classificou 22 desses grupos criminosos como "organizações terorristas".


O promotor atuava no braço do Ministério Público especializado em investigações contra o crime transnacional, cuja base é na província de Guayas, cuja capital é Guayaquil. Pouco após seu assassinato, a procuradora-geral Diana Salazar publicou um vídeo nos canais oficiais do órgão para prestar solidariedade à família e apresentar algumas demandas às forças de segurança.


“Os grupos de crime organizado, os terroristas, não vão parar o nosso compromisso com a sociedade equatoriana. Essa atitude violenta quer mandar uma mensagem para o nosso trabalho de compromisso com a justiça”, disse, no vídeo.


A procuradora também solicitou que os agentes de segurança enviem equipes para proteger os promotores envolvidos nas investigações dos atuais episódios de violência e que as audiências desses casos passem a ser realizadas de forma virtual, para evitar que eles se desloquem e fiquem mais vulneráveis à violência.


Ainda segundo Salazar, seu escritório abriu uma investigação preliminar para apurar o assassinato de César Suárez, que também atuava como professor universitário na área do direito.


De acordo com publicação do El Universo, o promotor assassinado investigava, entre muitos processos, o envolvimento de policiais e outras autoridades do Estado em crimes relacionados ao narcotráfico.


Outro veículo de imprensa do Equador, a Revista Vistazo, pontuou ainda que Suárez já tinha sido ameaçado de morte em 2017, quando atuava na província de Manabí. À época, inclusive, foram distribuídos panfletos, na região, oferecendo um milhão de dólares (cerca de 5 milhões de reais) por seu assassinato.


LEIA MAIS: Em meio a estado de exceção no país, criminosos invadem tv ao vivo no Equador


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