Presidente que minimizava pandemia morre de Covid-19, diz opositor; "justiça poética"
Ele não aparecia em público desde 27 de fevereiro, o que alimentou os boatos de que havia testado positivo para Covid-19.
A morte do presidente da Tanzânia, John Magufuli, foi confirmada nesta quinta-feira (18/3) por seu principal rival político. Tindu Lissu considerou o óbito, supostamente provocado pelo coronavírus, uma "justiça poética" depois que o chefe de Estado minimizou a dimensão da Covid-19.
O óbito foi informado pela vice-presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, na quarta-feira (17/3). Ela relatou que Magufuli, de 61 anos, faleceu por problemas cardíacos que sofria há 10 anos. Tindu Lissu, entretanto, argumentou que o chefe do Executivo já estava morto há uma semana.
À frente do país desde 2015 e reeleito para um segundo mandato em outubro, o presidente não aparecia em público desde 27 de fevereiro, o que alimentou os boatos de que havia testado positivo para Covid-19.
Nas redes sociais, o chefe de estado não posta nada desde o último dia 16 de fevereiro. O opositor disse, em uma entrevista ao canal de televisão queniano KTN, que o presidente estava em um hospital de Nairóbi, a capital do Quênia, em estado grave.
"Isto é justiça poética. O presidente Magufuli desafiou o mundo na luta contra o corona (...) Desafiou a ciência. Ele se negou a adotar as precauções básicas que são recomendadas às pessoas de todo o mudo contra o corona", afirmou. Durante o último ano, John Magufuli tentou minimizar o impacto da pandemia de coronavírus na Tanzânia e chegou a afirmar que o país estava "livre" da Covid-19.
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