Líder supremo do Irã diz que país vai se vingar após ataques de Israel

Líder supremo da República do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, nega envolvimento com retaliação de drones

Por Laraelen Oliveira.

Nesta sexta-feira (13), após os ataques israelenses às instalações nucleares do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo da república do país, prometeu contra-atacar o atentado que tirou vidas de militares, alto comandantes e cientistas do Irã.

Em nota, Khamenei esclarece, “O regime sionista cometeu um crime em nosso querido país hoje ao amanhecer, com suas mãos satânicas e ensanguentadas. Revelou sua natureza maliciosa ainda mais do que antes, ao atacar áreas residenciais. O regime sionista deve se preparar para uma punição severa”.

Líder supremo do Irã Aiatolá Ali Khamenei/Foto: Escritório do Líder Supremo do Irã/via AP

Teerã nega qualquer envolvimento com a retaliação de drones ocorrida em Israel, e que a resposta ainda está por vir.

“Nos ataques inimigos, vários comandantes e cientistas foram martirizados. Se Deus quiser, seus sucessores e colegas continuarão com suas funções sem demora. Com esse crime, o regime sionista preparou para si um destino amargo e doloroso, que certamente verá”, concluiu Khamenei.

Entre os altos militares mortos pelos ataques israelenses, estão o Comandante em Chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami; o comandante do Quartel-General Central de Khatam al-Anbiya, o tenente-general Gholamali Rashid, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do país, Mohammad Hossein Bagheri, que já foram substituídos por novos comandantes militares.

Ataque Israelense/Foto: Reprodução

As Forças Armadas do Irã informaram que "não há limites para responder à agressão de Israel". “O Estado-Maior das Forças Armadas do Irã sublinhou que vingar o sangue dos mártires desta agressão é uma missão que as Forças Armadas colocaram em sua agenda e não descansarão até que seja cumprida”, informou a agência de notícias do Irã, a Fars News.

Ataques 

Israel lançou ataques contra o Irã sob a justificativa de que o país estaria desenvolvendo armas nucleares com potencial para atingir Tel-Aviv. O governo iraniano, por sua vez, nega as acusações e afirma que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos, como a geração de energia elétrica.

Embora o Irã seja signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acusa o país de descumprir obrigações previstas no acordo. Já Israel, por outro lado, é um dos poucos países que nunca aderiu ao tratado.

Os Estados Unidos vinham pressionando o Irã a limitar o alcance de seu programa nuclear. O então presidente Donald Trump elogiou a ofensiva israelense contra Teerã e reforçou o pedido para que o país aceite um novo acordo sobre a questão nuclear.

 

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