Covid-19: com 2,6 milhões de casos e 58 mil mortes, governo da Argentina amplia toque de recolher obrigatório
O governo da Argentina resolveu ampliar o horário do toque de recolher, anunciado na semana passada, e suspendeu uma série de atividades, incluindo as aulas presenciais, até 30 de abril. De acordo com o presidente Alberto Fernández, a medida tem o objetivo de não interromper a campanha de vacinação e evitar que o sistema de saúde fique saturado.
"O que tentamos na semana passada foi pouco. Todo o esforço que fizemos até aqui parece insuficiente à luz de como aumentam os contágios na Argentina. Por isso, decidi que entre as 20h e as 6h ninguém poderá circular pelas ruas", declarou o presidente argentino, em rede nacional de rádio e TV. Anteriormente, o toque de recolher funcionava de meia-noite às seis da manhã.
Também houve mudanças nos horários das atividades comerciais. "Todas as atividades comerciais só poderão ocorrer entre as 9h e as 19h. As atividades gastronômicas ficarão fechadas em horário noturno. Também suspendi todas as atividades recreativas, sociais, culturais, desportivas e religiosas em lugares fechados", afirmou Fernández.
Ainda conforme ele, as escolas funcionarão apenas de forma virtual, durante duas semanas. "Todas essas medidas incluem a suspensão de aulas, durante duas semanas, a partir de segunda-feira [19]. Alunos e professores não irão à escola. A educação será virtual, a distância. As demais medidas começaram a valer a partir da zero hora de sexta-feira e vão até o dia 30 de abril", pontuou.
Na Argentina, o sistema de saúde privado, onde 70% dos argentinos são atendidos, está próximo da saturação, principalmente na região metropolitana de Buenos Aires, capital do país. No sistema de saúde público, a ocupação de leitos de cuidados intensivos está em 70%.
"Há um mês, tínhamos 45.498 casos de contágios. Na semana passada, 122.468 casos. Nesta semana, o número será maior. Isso significa que multiplicamos por mais de duas a quantidade de contágios em apenas um mês", explicou o presidente argentino.
QUARENTENA
Em 2020, a Argentina manteve a quarentena mais prolongada do mundo, com 233 dias de isolamento. Por conta disso, houve queda de 10% no Produto Interno Bruno (PIB) do país.
Em um ano de pandemia, a Argentina já registrou mais de 2,6 milhões de casos confirmados de Covid-19. Desse total, 2,28 já se curaram da doença e 58,542 morreram. Os outros casos ainda estão ativos.
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