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Após pressão de famílias das vítimas, EUA libera documentos sigilosos sobre o 11 de setembro

Por Da Redação

Após pressão de famílias das vítimas, EUA libera documentos sigilosos sobre o 11 de setembroCréditos da foto: reprodução/YouTube

Após muita pressão de famílias e associações de vítimas dos ataques do 11 de setembro (2001), os Estados Unidos (EUA) liberaram o primeiro documento relacionado à investigação do atentado e apoio do governo saudita aos sequestradores. O material era tido como sigiloso.


Segundo a agência internacional de nóticias Reuters, o documento foi divulgado pelo FBI (Bureau Federal de Inteligência) no último sábado (11), exatamente 20 anos depois do atentado, após uma ordem executiva do presidente dos EUA, Joe Biden.


Familiares das vítimas pediram a Biden que não comparecesse aos eventos memoriais do 20º aniversário dos ataques às Torres Gêmeas caso ele não divulgasse os documentos. Os parentes afirmam que tais materiais comprovam que a Arábia Saudita apoiou o crime que deixou mais de 3 mil mortos em 2001. Dos 19 sequestradores presentes nos aviões, 15 eram do país no Oriente Médio.


No documento de 16 páginas divulgado pelo FBI e parcialmente editado, são expostos contatos entre os sequestradores e associados sauditas, mas não há evidência de que o governo saudita foi cúmplice do atentado, financiado a Al Qaeda. 


Procurada pela Reuters, a embaixada da Arábia Saudita em Washington (EUA) afirmou que não teve nenhum papel no 11 de setembro. Em comunicado divulgado no último dia 8, a embaixada disse que o país sempre defendeu a transparência em torno dos ataques e saúda a divulgação pelos EUA de documentos confidenciais relacionados ao atentado.


Uma comissão do governo dos Estados Unidos também não encontrou evidências de que a Arábia Saudita financiou diretamente a Al Qaeda. Ficou em aberto se as autoridades sauditas poderiam ter feito isso individualmente.


Famílias de aproximadamente 2,5 mil mortos e mais de 20 mil pessoas que ficaram feridas, além de empresas e várias seguradoras processaram a Arábia Saudita em busca de bilhões de dólares.


Em comunicado em nome da organização "9/11 Families United", a esposa de uma das vítimas fatais disse que o documento divulgado pelo FBI no sábado eliminou quaisquer dúvidas sobre a cumplicidade saudita nos ataques.


"Agora os segredos dos sauditas foram expostos e já passou da hora de o Reino assumir o papel de seus agentes no assassinato de milhares em solo americano", disse o comunicado.


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