7 em cada 10 pessoas processadas por lei de combate às drogas no Brasil são negras, aponta pesquisa do Ipea
Estudo indica racismo na aplicação da Lei de Drogas com base em mas de cinco mil processos julgados em 2019
Créditos da foto: Reprodução / Freepik
Das pessoas processadas com base na Lei de Drogas, quase 70% são negras, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22/9) pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo se baseia em mais de cinco mil processos julgados em 2019 e aponta diferentes formas de tratamento a depender dos suspeitos, sendo mais presas e julgadas pessoas negras e de baixa escolaridade. Em casos estaduais, 68,7% dos processados são negros e, esfera federal, 68,1%. A maioria só possui o ensino fundamental.
Ainda de acordo com a pesquisa, jovens abaixo de 30 anos de idade representam 73,6% dos processados nas justiças estaduais e 42,5% na Justiça Federal. Presidente da Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, Maria Tereza Santos enxerga racismo no tratamento dos suspeitos:
Em números gerais, 49% dos réus processados afirmam ser usuário ou dependentes de drogas e 30% alegam que a droga apreendida se destinava ao uso pessoal.
*Com informações da Agência Brasil*
LEIA MAIS: Polícia encontra mais um laboratório de drogas na Bahia; é o 12º neste ano
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O estudo se baseia em mais de cinco mil processos julgados em 2019 e aponta diferentes formas de tratamento a depender dos suspeitos, sendo mais presas e julgadas pessoas negras e de baixa escolaridade. Em casos estaduais, 68,7% dos processados são negros e, esfera federal, 68,1%. A maioria só possui o ensino fundamental.
Ainda de acordo com a pesquisa, jovens abaixo de 30 anos de idade representam 73,6% dos processados nas justiças estaduais e 42,5% na Justiça Federal. Presidente da Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, Maria Tereza Santos enxerga racismo no tratamento dos suspeitos:
“Um jovem negro com 50 gramas de maconha é preso por tráfico, mas um povo branco com um helicóptero com 480 quilos de pasta base de cocaína não é preso”.
Em números gerais, 49% dos réus processados afirmam ser usuário ou dependentes de drogas e 30% alegam que a droga apreendida se destinava ao uso pessoal.
*Com informações da Agência Brasil*
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