Corrida de São Silvestre: prova de fim de ano completa centenário

Nesta quarta-feira, 31 de dezembro de 2025, será comemorado o centenário da Corrida Internacional de São Silvestre, tradicional prova de rua que marca o encerramento do calendário esportivo no país. A competição, disputada nas ruas de São Paulo, reúne atletas profissionais e amadores do Brasil e do exterior, mantendo o formato clássico com percurso de 15 quilômetros.

Criada em 1925, a São Silvestre se consolidou como a corrida mais simbólica do atletismo brasileiro, tanto pelo caráter histórico quanto pela forte participação popular. Ao longo das décadas, o evento acompanhou transformações da cidade e do esporte, atraindo corredores de diferentes perfis e nacionalidades.

Para esta edição comemorativa, a organização reforçou as medidas de segurança e a logística de apoio aos participantes, com postos de hidratação distribuídos ao longo do trajeto e esquema especial de trânsito no entorno do percurso. 

100 anos de São Silvestre

O evento foi criado pelo jornalista Cásper Líbero, inspirado em uma corrida noturna realizada em Paris, e se consolidou como um dos principais símbolos esportivos e culturais do país. A prova mantém a tradição da largada em 31 de dezembro, quando as ruas de São Paulo se tornam palco de uma grande manifestação esportiva.

A primeira edição contou com 60 participantes e teve como vencedor Alfredo Gomes, primeiro atleta negro a representar o Brasil em Jogos Olímpicos. Cem anos depois, a corrida preserva o caráter democrático, reunindo atletas profissionais, amadores, cadeirantes e participantes com deficiência, e se destaca como espaço para histórias de superação.

A São Silvestre teve participação exclusivamente nacional até 1944 e tornou-se internacional em 1945. Desde então, consagrou nomes como José João da Silva, que encerrou um jejum de 34 anos sem vitórias brasileiras em 1980, e Marílson Gomes dos Santos, maior vencedor do país, com três títulos.

No feminino, Maria Zeferina Baldaia também se tornou referência por sua trajetória de superação. Entre os destaques internacionais estão Rosa Mota, maior campeã da prova, com seis conquistas, e o queniano Paul Tergat, vencedor em cinco edições, reforçando a projeção global da corrida.

A largada em ondas, dividida por categorias como elite feminina, elite masculina, PCDs e público geral, estimula desafios individuais e amplia a participação. Muitos corredores não competem por pódio, mas pela superação pessoal e pela experiência de percorrer pontos simbólicos da cidade ao fim do ano.

Quenianos dominaram em 2024

Em 2024, o evento teve domínio queniano. A queniana Agnes Keino dominou do início ao fim e venceu a prova feminina da 99ª edição A vitória foi a primeira dela na São Silvestre e chegou como um presente adiantado de aniversário. Ela, que nasceu no primeiro dia do ano, concluiu a prova com um tempo de 51min26s.

O queniano Wilson Too confirmou a tese de ser um dos favoritos e venceu a prova masculina. Too venceu a prova pela primeira vez na carreira. O queniano fechou os 15km do trajeto com tempo de 44min22s.

A baiana Núbia de Oliveira ficou em terceiro. A atleta do Brasil brigou pela posição até os últimos segundos de prova com a tanzaniana Anastazia Dolomongo.

LEIA MAIS: Bahia avança negociações para substituto de Arias na lateral-direita