Política

Ala do PP avalia retorno à base do PT na Bahia; partido assegura apoio a ACM Neto

Ao Aratu On, o secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, disse que desconhece a informação.

Por Matheus Caldas

Ala do PP avalia retorno à base do PT na Bahia; partido assegura apoio a ACM Netodivulgação

Uma ala do PP, partido que apoia a candidatura de ACM Neto (União) ao Governo da Bahia, negocia retorno ao arco de alianças com o PT. Um apoio a Jerônimo Rodrigues (PT) já no segundo turno não é descartado. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Bahia Notícias.


Ao Aratu On, pessoas ligadas à negociação confirmaram a movimentação, negada oficialmente pela legenda.A reportagem apurou que setores da sigla mantêm diálogo aberto com a cúpula petista desde o rompimento oficial, no início deste ano, após 12 anos de apoio. Contudo, com a derrota de Neto no primeiro turno, as articulações ganharam força no início desta semana.


“A maioria acompanhou a decisão por amizade e lealdade a João Leão. Mas agora isso é uma nova fase”, explicou uma fonte, ressaltando haver uma “grande parte” do partido que não queria o rompimento.


À reportagem, o secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, disse que desconhece a informação. Segundo ele, uma reunião da executiva estadual da legenda, realizada na última terça-feira (4/10), reforçou o apoio à candidatura do ex-prefeito de Salvador. Segundo ele, é uma posição “ética”.


“Não é porque você não tem um resultado almejado que vai ficar mudando de posição. Quando deixamos o governo, o motivo foi o não cumprimento do acordo em Brasília, na presença de Lula. Não foi questão eleitoral. A postura o partido não pode ser de ficar pra lá e pra cá. Não é assim a política”, ponderou.


O dirigente, contudo, afirmou que, passado o processo eleitoral, haverá um debate interno para avaliar a posição do PP para 2023. 


“Passada a eleição é outra realidade, são outras circunstâncias, que nós vamos avaliar. Nós possuímos uma bancada de seis deputados estaduais. A bancada vai se reunir, evidentemente. O importante é garantir a unidade. Sem isso, o partido se esfacela. Garantido isso, temos condições de fazer um debate interno”, avaliou. 


“Depois que concluir o processo eleitoral, vamos verificar o que aconteceu. Por enquanto, o partido fez uma aliança e vai cumprir com aquilo que foi acertado. É o mínimo de posição ética que podemos ter”, acrescentou.


Um dos parlamentares do PP mais próximos de Neto, Cacá Leão, derrotado nas urnas na disputa pelo Senado, se reúne nesta quarta-feira (5/10) com deputados eleitos pela sigla. Na quinta (6/10), há um novo encontro com lideranças. Filho do presidente do partido na Bahia, Cacá é um dos nomes mais alinhados com o ex-prefeito da capital baiana. 



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