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Ucrânia rejeita ajuda de ex-militares brasileiros por causa de Bolsonaro; entenda

"Muito obrigado. Mas [os voluntários] do seu país não podem ser aprovados para se unir à legião", disse o representante ucraniano.

Por Da Redação

Ucrânia rejeita ajuda de ex-militares brasileiros por causa de Bolsonaro; entendaCréditos da foto: Bolsonaro em visita a Rússia antes da guerra - José Dias/PR

Alguns ex-militares brasileiros dispostos a se alistar para lutar do lado da Ucrânia contra a Rússia dizem que a Legião Internacional de Defesa Territorial do país está descartando o recrutamento de brasileiros devido ao posicionamento de Jair Bolsonaro (PL) em relação ao conflito. As informações são do Uol, que teve acesso ao áudio da declaração, atribuída ao representante da unidade de combatentes estrangeiros, gravado no último sábado (19/3).


Dois brasileiros que tentavam o alistamento ouvidos pela reportagem atribuem o veto ao silêncio de Bolsonaro após Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores da Rússia, incluir o Brasil na lista de países que "não dançarão ao som dos Estados Unidos". Bolsonaro tem evitado criticar a Rússia, apesar do governo do Brasil ter votado a favor da resolução da ONU que condena o ataque.


No áudio, o ex-militar mineiro Fabio Júnior de Oliveira, 42, que serviu como sargento das Forças Armadas entre janeiro de 2005 e novembro de 2006, pergunta se pode ajudar. "É da legião estrangeira? Estou me preparando para ir à Ucrânia, mas tive a informação de que vocês não estão mais aceitando voluntários do Brasil. Isso é verdade?",diz ele, em inglês.


"Sim, senhor. Infelizmente, os voluntários do Brasil e de alguns outros países não podem mais se juntar à legião", respondeu um homem que se apresentou como representante da unidade formada por estrangeiros. "Mas eu não entendo. Eu tenho experiência militar. E eu...", continuou Fábio, interrompido em seguida: "Eu entendo, senhor. Muito obrigado. Mas [os voluntários] do seu país não podem ser aprovados para se unir à legião". 


Fábio, então, questionou se a recusa estaria relacionada à postura de Jair Bolsonaro. "Sim, é por isso", respondeu.


O Uol entrou em contato com a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, que confirmou exclusão de voluntários de "alguns países". Contudo, não confirmou se o Brasil estava nessa lista por "questões de segurança" "Podemos confirmar que voluntários de determinados países estão sendo vetados com maior frequência", afirmaram, por meio de seu perfil no Instagram.


A reportagem pediu posicionamento do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), mas não obteve resposta.


LEIA MAIS: Xuxa chama Bolsonaro de “machista, preconceituoso, ignorante” em vídeo nas redes sociais; assista


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