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Colômbia elege primeiro presidente de esquerda do país; vice, ativista ambiental é primeira mulher negra no topo do executivo

Gustavo Petro, ex-membro do movimento guerrilheiro M-19, derrotou o magnata da construção, Rodolfo Hernández, com mais de 700 mil votos de diferença.  Ele obteve 50,5% dos votos contra 47,3% do adversário.

Por Da Redação

Colômbia elege primeiro presidente de esquerda do país; vice, ativista ambiental é primeira mulher negra no topo do executivoreprodução/Instagram (@franciamarquezm)

A Colômbia elegeu seu primeiro presidente de esquerda, nesse domingo (19/6). Gustavo Petro, ex-membro do movimento guerrilheiro M-19, derrotou o magnata da construção, Rodolfo Hernández, com mais de 700 mil votos de diferença.  Ele obteve 50,5% dos votos contra 47,3% do adversário.


A vice-presidente, Francia Márquez, também entra para a história do país, por ser a primeira mulher negra eleita no topo do poder executivo. Ela se tornou um fenômeno nacional por seu trabalho como ativista ambiental - o qual faz desde os 13 anos - do departamento montanhoso de Cauca, no sudoeste colombiano.


PETRO


Gustavo Petro é ex-prefeito da capital, Bogotá, e atual senador, e entre as promessas de campanha, disse que iria combater a desigualdade social com educação universitária gratuita, reforma previdenciária e altos impostos sobre terras improdutivas.


"A partir de hoje a Colômbia muda; a Colômbia está diferente", disse o presidente eleito aos apoiadores em uma arena de shows de Bogotá. "A mudança consiste precisamente em deixar para trás o sectarismo [...]; Não é hora de ódio. Este governo, que começará em 7 de agosto, é um governo de vida", concluiu.


Hoje com 62 anos, Petro conta que foi torturado pelos militares quando detido por seu envolvimento com a guerrilha.


MÁRQUEZ


De origem humilde. Márquez se tornou ativista no início da adolescência 13 anos, para defender a comunidade na qual vivia, já que um projeto de barragem desviaria um grande rio em sua região. Foi mãe aos 16 e, mais tarde, cursou a faculdade de direito. Chegou a ganhar uma campanha legal para impedir que grandes empresas de mineração tentassem se mudar para a área.


Em 2019, sobreviveu a uma tentativa de assassinato, um ataque com granadas e tiros de fuzil, justamente pelo ativismo. No ano anterior, ela tinha recebido o Prêmio Goldman, também conhecido como o Nobel do meio ambiente.


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