Falsa professora: Cátia Raulino é condenada a 10 anos de prisão por plágio
Falsa professora de direito, Cátia Raulino é investigada desde 2020 por plagiar obras de ex-alunos e publicá-las em um livro como se fossem de sua autoria
A Justiça da Bahia condenou Cátia Regina Raulino, conhecida como a “falsa professora” de Direito, a 10 anos e 50 dias de prisão por violação de direitos autorais. Ela é acusada de plagiar obras de ex-alunos. A decisão, proferida pela 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, foi divulgada nesta sexta-feira (15) e ainda cabe recurso - Cátia poderá recorrer em liberdade.
Além da pena de prisão, a ex-professora foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização para cada uma das três vítimas, cujas obras foram publicadas em um livro como se fossem de sua autoria. O processo do Tribunal de Justiça da Bahia aponta que Cátia adotou diversas estratégias para confundir a investigação e dificultar o acesso às provas, chegando a destruir evidências.
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O caso começou em 2020, quando alunas do curso de Direito da Faculdade Ruy Barbosa, onde ela lecionava, denunciaram o plágio. Na época, Cátia ostentava 180 mil seguidores nas redes sociais e vendia cursos na área tributária.
Em 2022, ela já havia sido condenada a pagar multa e indenização por danos morais, além de ter que admitir publicamente que havia plagiado trabalhos de ex-alunos. Na ocasião, a Justiça determinou o pagamento de R$ 5 mil de multa e R$ 25 mil de indenização ao verdadeiro autor de uma das obras.
Cátia também se apresentava com um currículo extenso, incluindo títulos como Pós-Doutorado em Direito Público pela UFPE, Doutorado em Administração Pública pela UFBA, Mestrado em Direito Público pela UFSC, além de especializações em Gerenciamento de Projetos (PMI) e Direito Eletrônico, e graduações em Direito e Administração Pública.
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