Interior

Dívida de drogas com quadrilha perigosa, prisão e mistério: preso suspeito de crime que chocou Serrinha

O suspeito de ter cometido o crime faz parte de uma organização criminosa.

Por Da Redação

Dívida de drogas com quadrilha perigosa, prisão e mistério: preso suspeito de crime que chocou Serrinha leitor/Aratu On

Um homem suspeito de envolvimento na morte e ocultação do corpo de uma das três vítimas de desaparecimento, ocorridos no mês de outubro de 2020, em Serrinha, 182 km distante de Salvador, foi preso na manhã desta terça-feira (25/5).


Participaram das policiais da 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Serrinha) e a 1ª Delegacia Territorial (DT/Serrinha).


A vítima, Jeorge Santana Ferreira, 20 anos, foi dada como desaparecida por sua mãe em 24 de outubro de 2020 após uma carreata política. Após meses de trabalho, os investigadores apontaram que o jovem teria sido morto cruelmente, com golpes de madeira, e enterrado em uma fazenda na zona rural, segundo o delegado Michael Alves.


“Inicialmente, a vítima foi dada como desaparecida. Todavia, após meses de trabalho, os investigadores apontaram que ele teria sido morto cruelmente. Foram realizadas buscas nos locais apontados, mas o corpo ainda não foi achado”, relatou Alves.


O suspeito de ter cometido o crime, cuja identidade não revelada pela polícia em cumprimento à Lei de Abuso de Autoridade, faz parte de uma organização criminosa. Jeorge teria contraído uma dívida de drogas e o grupo criminoso, conhecido por espancar e matar quem está em débito, teria autorizado a execução.


O corpo de Jeorge ainda não foi encontrado. “Com a decretação do mandado de prisão temporária dele, conseguiremos localizar o corpo. Em 30 dias vamos buscar converter a prisão para preventiva e representar por homicídio qualificado e ocultação de cadáver”, explicou o delegado Michael Alves.


O paradeiro de Marlon Oliveira Pinto, de 32 anos, e de Lucas Farias dos Santos, outros dois homens desaparecidos na mesma região em outubro de 2020, também continua desconhecido.


Em dezembro do ano passado, familiares das vítimas estiveram em Salvador para encontrar o então Delegado-Geral de Polícia Civil no estado, Bernardino Brito Filho, para pedir ajuda nas investigações. Apenas a mãe de Lucas não pôde comparecer à reunião, por estar muito abalada com toda a situação.


A irmã de Marlon, Lúcia, contou ao Aratu On que ele era reservado, sofria de depressão e morava com a mãe. "A gente fica sem saber o que aconteceu... só pensa em coisa de tráfico, de crime. Mas ele é uma pessoa quieta, quase não saía de casa, não tinha envolvimento", resumiu.


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