Fim de beck em Salvador: operações da SSP fazem maconha desaparecer do "mercado"; PM sufoca "Polígono" no Norte

A reclamação tem sido constante: o produto está mais caro e em falta nas diversas modalidades de venda em Salvador. Não estamos falando de alimento ou qualquer outro item da cesta básica. Trata-se da maconha. É que os usuários têm recebido cada vez mais o "não temos" dos traficantes, especialmente durante a segunda quinzena de abril. Mas o que pode explicar? Ações de repressão policial à plantação da maconha em vários pontos da Bahia. 

Dados do Aratu On com base em informações da Secretaria da Segurança Pública mostram que, somente neste quarto mês do ano, 21.500 mil pés foram descobertos e erradicados pela Polícia Militar em apenas dois "baques".

Os casos foram registrados nos municípios de Curaçá e Abaré. As duas cidades, banhadas pelo São Francisco no Norte do estado, são velhas conhecidas por estarem na região batizada de "Polígono da Maconha". 

Na última quarta-feira (20/4), foram achados 5.500 pés. A plantação foi localizada com o auxílio de embarcações e um drone - veículo aéreo não tripulado - usado pela PM. A erva, recém plantada, foi encontrada junto com duas sementeiras - locais adaptados para o cultivo das plantas em sementes -.  

Já a ação em Abaré foi comandada por agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). A plantação, com 16 mil pés de maconha, foi apreendida pelos PMs após levantamento de informações. 

PM acha plantação de maconha na Bahia. pic.twitter.com/DufmtVYhB8

— Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) April 22, 2022

O comandante da 45ª Companhia Independente (CIPM/Curaçá), major Leonel Carlos, fez um balanço positivo das ações repressivas na região do Polígono da Maconha. “Com a erradicação [em Curaçá], que chegaria a uma tonelada de maconha caso estivesse maturada, nós conseguimos fechar o primeiro trimestre de 2022 com a destruição de 50 mil pés da droga, na região do Vale do São Francisco”, contou.

MARÇO

O terceiro mês do ano também foi positivo para a Secretaria da Segurança Pública no quesito apreensão de maconha. No dia 2, cerca de 200 pés foram erradicados por militares da 96ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) na cidade de Sobradinho - que também fica na região Norte baiana -. 

Cinco dias depois, oitenta tabletes de maconha prensada pesando 61 kg foram localizados, por equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Sudoeste). O material foi abandonado por suspeitos de tráfico de entorpecentes no município de Vitória da Conquista, a 510 km da capital. 

Já no dia 10, 23 pés foram localizados no município de Catu, na Região Metropolitana de Salvador. Denúncias anônimas levaram as equipes policiais até um imóvel, na Rua Barão de Camaçari, onde a droga foi apreendida. 

No dia 14 de março, na cidade de Remanso, também no Norte da Bahia, equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Caatinga), com apoio da 25ªCIPM/Casa Nova, chegaram na Fazenda Queimada Velha, na zona rural, após denúncias do plantio de maconha.

O comandante da unidade, major Ednaldo Siqueira Viera, disse no local havia 33 mil pés da erva, confirmado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). “Durante as buscas, encontramos dois homens que estavam tomando conta do local. Com eles foram apreendidos 210 gramas de maconha pronta para o consumo”, contou o militar. 

Por fim, em 15 de março, mais duas apreensões: nas cidades de Serrinha e Andaraí. Na primeira ocorrência, a Polícia Militar conseguiu apreender 114 tabletes e "trouxinhas" de maconha com quatro homens que estavam a bordo de um veículo. Na segunda, foram achados 18 pés da erva. 

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