"Ele exerce ilegalmente a cirurgia plástica": pacientes denunciam mais um cirurgião na Bahia
"É impossível o erro ser só meu, sendo que minhas fotos estão expostas na internet para todo mundo ver que a minha simetria está totalmente errada", afirma uma das pacientes do cirurgião.
Reprodução/TV Aratu
Mais um cirurgião está sendo alvo de denúncias de pacientes na Bahia. Depois das acusações envolvendo o médico Rossini Teobald Ruback, agora outras mulheres resolveram falar de casos relacionados ao médico Gilberson Wanderlei, que também teria realizado procedimentos no sul do estado.
"Ele exerce ilegalmente a cirurgia plástica", afirmou Jaqueline Pimentel, durante entrevista ao vivo para a TV Aratu na terça-feira (28/3). Ex-paciente do cirurgião, ela contou que realizou quatro procedimentos com o médico em 2019. "Todo dia eu mandava foto do meu umbigo necrosado, do meu ponto aberto e do meu peito torto. Todo dia eu mandava foto chorando, explicando como estava meu corpo e ele dizia que eu tinha que aguardar um ano", relatou. Segundo Jaqueline, meses depois ele assumiu o erro e assinou acordo para fazer a reparação, mas ela não aceitou devido à pandemia.
Após pesquisar sobre o cirurgião na internet, Jaqueline descobriu que outras mulheres teriam passado por uma situação parecida com a dela. "Ele me chamava de maluca, de surtada, me oferecia sertralina, que é um ansiolítico, antidepressivo. E depois eu vi que ele fazia isso com outras meninas também", relatou a ex-paciente, afirmando que o cirurgião seria alvo de mais de 30 denúncias. "É impossível o erro ser só meu, sendo que minhas fotos estão expostas na internet para todo mundo ver que a minha simetria está totalmente errada. Ou seja, eu não sou maluca, eu não sou surtada. Eu só expus o meu corpo para poder provar que ele estava errado", desabafou.
O médico Gilberson Wanderlei se pronunciou através de uma nota enviada pelo advogado Lymark Kamaroff. "Consideramos injustas as acusações das pacientes contra o médico, que tem uma reputação ilibada e é altamente respeitado em sua área de atuação", diz um dos trechos do documento. A nota também ressalta que o "resultado de uma cirurgia plástica não depende apenas do médico" e que as pacientes teriam sido "devidamente informadas sobre os riscos e benefícios da cirurgia".
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) também se pronunciou por meio de nota. Segundo o órgão, o médico "não precisa ser especialista para trabalhar em qualquer ramo da Medicina, podendo exercê-la em sua plenitude nas mais diversas áreas, desde que se responsabilize por seus atos". No entanto, o Cremeb ressalta que "sem a especialidade registrada no Conselho Regional de Medicina, o médico não pode se anunciar como especialista". As denúncias podem ser feitas por meio do site da entidade.
Outras pacientes também comentaram sobre o caso. Confira a reportagem completa:
https://www.youtube.com/watch?v=YQEmy_BGJIw
LEIA MAIS: Após denúncias, cirurgião plástico fala dos cuidados para evitar complicações; vídeo
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"Ele exerce ilegalmente a cirurgia plástica", afirmou Jaqueline Pimentel, durante entrevista ao vivo para a TV Aratu na terça-feira (28/3). Ex-paciente do cirurgião, ela contou que realizou quatro procedimentos com o médico em 2019. "Todo dia eu mandava foto do meu umbigo necrosado, do meu ponto aberto e do meu peito torto. Todo dia eu mandava foto chorando, explicando como estava meu corpo e ele dizia que eu tinha que aguardar um ano", relatou. Segundo Jaqueline, meses depois ele assumiu o erro e assinou acordo para fazer a reparação, mas ela não aceitou devido à pandemia.
Após pesquisar sobre o cirurgião na internet, Jaqueline descobriu que outras mulheres teriam passado por uma situação parecida com a dela. "Ele me chamava de maluca, de surtada, me oferecia sertralina, que é um ansiolítico, antidepressivo. E depois eu vi que ele fazia isso com outras meninas também", relatou a ex-paciente, afirmando que o cirurgião seria alvo de mais de 30 denúncias. "É impossível o erro ser só meu, sendo que minhas fotos estão expostas na internet para todo mundo ver que a minha simetria está totalmente errada. Ou seja, eu não sou maluca, eu não sou surtada. Eu só expus o meu corpo para poder provar que ele estava errado", desabafou.
O médico Gilberson Wanderlei se pronunciou através de uma nota enviada pelo advogado Lymark Kamaroff. "Consideramos injustas as acusações das pacientes contra o médico, que tem uma reputação ilibada e é altamente respeitado em sua área de atuação", diz um dos trechos do documento. A nota também ressalta que o "resultado de uma cirurgia plástica não depende apenas do médico" e que as pacientes teriam sido "devidamente informadas sobre os riscos e benefícios da cirurgia".
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) também se pronunciou por meio de nota. Segundo o órgão, o médico "não precisa ser especialista para trabalhar em qualquer ramo da Medicina, podendo exercê-la em sua plenitude nas mais diversas áreas, desde que se responsabilize por seus atos". No entanto, o Cremeb ressalta que "sem a especialidade registrada no Conselho Regional de Medicina, o médico não pode se anunciar como especialista". As denúncias podem ser feitas por meio do site da entidade.
Outras pacientes também comentaram sobre o caso. Confira a reportagem completa:
https://www.youtube.com/watch?v=YQEmy_BGJIw
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