Cachorro chora e vela corpo de idosa em caixão na Bahia; "ele ficou sentido", conta neta da vítima
"Animal é assim, sente mais do que certos tipos de ser humano", diz a neta
O pequeno Toy chamou a atenção de todos no velório de Luzinete Lopes Diniz, de 78 anos, na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. O cachorro, que tem pouco mais de cinco anos, passou todo o tempo velando sua cuidadora, próximo ao caixão, com cara de abatido e choramingando.
A neta da vítima, Leiane Diniz, contou ao Aratu On que o bicho era muito apegado a ela. "O cachorro estava sempre do lado, sempre em cima. Ele era muito apegado. Quando ela faleceu, o rapaz da funerária foi colocar ela no caixão e ele ficou em cima, como se estivesse querendo entender o que estava acontecendo. E ele ia pra cima querendo proteger, toda vez que ele [funcionário da funerária] ia mexer no caixão", relembrou.
O dono da funerária, Jaison Santos, ficou surpreso com a atitude do cão com a dona e tirou fotos do velório. As imagens foram compartilhadas em uma rede social e chamaram a atenção na cidade. "Ele achou muito incrível a maneira que o cachorro se comportou. Realmente, ele [Toy] sente, porque ele gostava muito de minha avó", lembrou.
O pet chegou aos cuidados da idosa por meio da filha, mãe de Leiane. Com a morte da dona, Toy se mudou para a casa delas. "Quem pegou ele foi minha mãe e as duas criavam, davam amor. Não vai faltar amor para ele. Mas a a tristeza fica, pois ele era apegado a minha avó", detalha.
A neta explicou ainda que seu filho, bisneto de Luzinete, e o cachorro faziam companhia à idosa diariamente. Ela procurou fotos do trio se divertindo, mas o celular onde estavam as imagens foi formatado recentemente. Luzinete faleceu na última quarta-feira (28/4), durante a madrugada, após um infarto fulminante.
A família toda sente a falta da idosa. "Realmente, ele ficou sentido. É tanto que hoje minha mãe estava chorando e ele foi pro lado, deitou, ela chorando e ele olhando, triste. Sente, não tem jeito, é animal. Animal é assim, sente mais do que certos tipos de humanos", concluiu.
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