PM diz que não executou jovem de 16 anos e nega ter atirado contra manifestação em Salvador

A Polícia Militar divulgou uma nota nesta sexta-feira (30/4) negando que tenha atirado em manifestantes durante o protesto pela morte de um jovem de 16 anos na Avenida San Martin, em Salvador, na quinta-feira (29/4). Vídeos feitos pelo grupo e obtidos pela reportagem do Aratu On mostram barulhos de tiros, que aparentam ser de borracha. 

Em outro momento, eles acusam a polícia de disparar tiros de borracha perto dos manifestantes. pic.twitter.com/CNaWngheDG

— Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) April 29, 2021

A corporação confirmou que uma guarnição da 9ª Compania Independente (CIPM/Pirajá) esteve no local e acompanhou o protesto. "As equipes policiais negociaram a liberação das ruas e acionaram o Corpo de Bombeiros para debelar o fogo", diz o comunicado, se referindo aos pneus incendiados pelos manifestantes.

A 37ª CIPM, que é unidade responsável pela área, reforçou o policiamento no bairro.

ENTENDA

O protesto começou após a morte de um jovem no bairro. Segundo os moradores, ele foi executado pelos militares. A polícia, entretanto, afirma que a vítima fazia parte de um grupo armado que iniciou os disparou contra uma viatura, criando uma troca de tiros. Esse grupo teria sido localizado após denúncias dos próprios moradores, na versão oficial.

Segundo a PM, nessa ação foi encontrado um revólver calibre 38, com numeração suprimida contendo cinco munições deflagradas; R$ 40; uma balança digital; 30 embalagens de Skank; nove porções de maconha; quatro porções de cocaína; um pacote de crack; um cigarro de maconha; uma corrente dourada; uma fita adesiva preta e um aparelho de celular.

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