Aves são encontradas em caminhão dos Correios após fiscalização da PRF; animais seriam vendidos em Salvador
O motorista pretendia vir a Salvador para faturar com a venda dos 26 animais. As aves são das espécies papa-capim e coleirinho.
Uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA) e de policiais militares da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA), resultou no resgate de 26 aves silvestres, que estavam dentro de um caminhão dos Correios.
A ação ocorreu na manhã desta quarta-feira (30/3), em trecho do município de Eunápolis, no extremo sul baiano. Por volta das 11h, os policiais faziam fiscalização em frente a unidade operacional da PRF (Km 720 da BR 101), quando deram ordem de parada a um caminhão.
Durante fiscalização na cabine do veículo, os policiais encontraram 26 aves presas em sete gaiolas que estavam sujas. Os animais foram encontrados aglomerados, dificultando a respiração, mobilidade e descanso dos pássaros, além da higienização precária e da temperatura elevada no local.
Os pássaros resgatados são das espécies popularmente conhecidas como papa-capim e coleirinho. Só quatro animais possuíam as anilhas que são fornecidas pelo órgão ambiental, e são colocadas nos pés dos pássaros quando ainda filhotes. As anilhas possuem, inclusive, uma numeração que podem ser rastreadas na fiscalização.
O motorista de 42 anos relatou que trabalha para uma empresa prestadora de serviços para os Correios. Ele ainda disse que comprou os animais na cidade de Teixeira de Freitas e que pretendia revendê-los na capital baiana com um lucro superior a 200%. Ele também não apresentou a guia do Sispass e nem a Guia de Tráfego Animal da Defesa Agropecuária, documentos que são obrigatórios para o transporte de animais silvestres regularizados.
Configurado a ocorrência de crime ambiental (art. 29 da Lei Ambiental 9.605/1998) e mais receptação de animal (art. 180 da Lei 2.848/1940), o motorista foi apresentado à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis.
As aves ficaram sob os cuidados da CIPPA e quando estiverem aptas, serão devolvidas ao seu habitat natural.
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