Interior

Capitão da Polícia Militar é preso por suspeita de cobrar valores e vantagens a comerciantes de Porto Seguro

A ‘Operação Sordidae Manus’ foi deflagrada por uma ação integrada do Ministério Público estadual

Por Da Redação

Capitão da Polícia Militar é preso por suspeita de cobrar valores e vantagens a comerciantes de Porto SeguroDivulgação/SSP

Um Capitão da Polícia Militar foi preso na manhã desta quarta-feira (24/7) por suspeita de integrar uma organização criminosa que cobrava valores e vantagens indevidas a comerciantes de Porto Seguro, para livrá-los de ações policiais. Além dele, outro homem foi preso.


A ‘Operação Sordidae Manus’ foi deflagrada por uma ação integrada do Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), da Polícia Militar, pela Corregedoria da PM (Correg) e pela Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger).


Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, incluindo a residência do PM envolvido e sedes de empresas. O procedimento investigatório criminal, instaurado a partir de provocação da própria Polícia Militar, tramita na Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália.


Segundo as investigações do Gaeco, o oficial seria o "cabeça" da organização criminosa. Ele, de acordo com informações da Polícia Civil, teria recebido valores indevidos de empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras e políticos locais de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro, e outros municípios. Em troca do dinheiro, o PM teria retardado ou deixado de praticar seu dever de policial, avisando aos comerciantes sobre operações da Polícia Militar, para evitar abordagens e possíveis apreensões e flagrantes.


O capitão é investigado por crimes de prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão (exigir vantagem indevida em razão da função pública), ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato, dentre outros. Comerciantes da região também são alvo de investigação.


O material apreendido na operação será analisado pelo Ministério Público e, em seguida, enviado para ser periciado.


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