Interior

Pai de cigana morta pede ajuda a secretário de segurança pública: 'interceda na investigação'

Na opinião de Iago, as autoridades locais já teriam "paralisado" as investigações do caso. A postagem foi feita na manhã de domingo (16/7)

Por Mateus Xavier

Pai de cigana morta pede ajuda a secretário de segurança pública: 'interceda na investigação'Redes Sociais

Iago "Cigano", pai de Hyara Flor, morta com um tiro no pescoço no início do mês de julho em Guaratinga, na Bahia, pediu, por meio de uma publicação no TikTok, ao secretário de segurança pública da Bahia, Marcelo Werner, que intercedesse na investigação do feminicídio contra sua filha - na opinião de Iago, as autoridades locais já teriam "paralisado" as investigações do caso. A postagem foi feita na manhã de domingo (16/7).


No vídeo, Iago afirma que os suspeitos de matar Hyara, que seriam o marido dela, também de 14 anos, e membros da família dele, estariam foragidos, mas continuam a resolver assuntos pendentes em Guaratinga por meio de telefonemas.


"Secretário, eu te peço, por favor, entre nesse caso e faça alguma coisa, porque as autoridades em Eunápolis e Guaratinga não me dão respostas", pediu ele. Segundo Iago, os suspeitos estão com um celular.


"Estão comendo e bebendo bem onde estão. Porque as autoridades não colocam escutas nos telefonemas e descobrem onde eles estão?", questionou o cigano.


ENTENDA O CASO


A morte de Hyara foi registrada na tarde do dia 6 de julho. Em entrevista ao Aratu On, o major da unidade Militar responsável pela ocorrência, o comandante da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (7ª CIPM/Eunápolis), Major Vagner Gonçalves Ribeiro, descartou a possibilidade de acidente.


A versão foi apresentada por alguns parentes do marido da vítima, que prestaram o socorro e a levaram ao hospital municipal da região. “A família contou que a arma teria escorregado, caído no chão e disparado em direção à jovem”, detalhou o comandante.


VINGANÇA 


Aratu On conversou com a advogada da família, Janaína Panhossi, que revelou uma possível vingança como motivação do que está sendo tratado, pela defesa, como feminicídio.


Segundo os familiares, Hyara teria ligado para o pai um dia antes de ser morta, pedindo para encontrá-lo pessoalmente. Os dois não chegaram a ser ver. Na opinião da família, ela já vinha sofrendo agressões e já teria até sido chicoteada com uma espécie de couro, encontrado pela avó da vítima em seu quarto após o crime.


Para a família, o tiro, que, segundo testemunhas, teria sido acidental, na verdade, foi doloso e premeditado, para se vingar dos parentes da jovem. A sogra de Hyara, casada com o tio paterno da adolescente, teria traído o marido durante o casamento.


LEIA MAIS: Caso Hyara: delegado detalha rota por onde suspeitos teriam fugido após a morte da jovem


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