Usando peruca e batom, médico atende paciente que discriminou colega por orientação sexual

Ele contou que o objetivo é mostrar que independente da orientação, o atendimento médico continua o mesmo.

Por Mateus Xavier.

Usando peruca e batom, médico atende paciente que discriminou colega por orientação sexualRedes Sociais

Carlos Vinícius Costa Lino, médico do Hospital da Mulher, em Feira de Santana, vestiu uma peruca e se maquiou para atender uma paciente que teria cometido um ato homofóbico contra um colega. A suposta vítima, Phelipe Baldi, disse que a mulher teria afirmado que “odeia ser atendida por homossexuais”. O caso ocorreu neste domingo (5/6). 

Segundo Phelipe, que é ginecologista e obstetra do hospital, o ato homofóbico aconteceu enquanto a mulher já estava em seu consultório, durante um atendimento. “Acolhi, Pedi exames e orientei sobre seu quadro clínico. Ao sair da minha sala, ela falou abertamente para outras pacientes que odiara a consulta devido à minha orientação sexual”, revelou.

Ao escutar a frase, ele se dirigiu à sala de espera e informou que a fala se tratava de um crime. Após se indignar com a situação, ele prestou queixa à direção do hospital e recebeu orientação para registrar o caso, também,na Polícia Civil.

Apoio ao colega

Nas redes sociais, Carlos Vinicius viralizou ao postar um vídeo firmando que atenderia a paciente vestido como drag queen. “Em solidariedade ao meu amigo, que foi prestar queixa na delegacia, receberei ela assim e realizarei a consulta normalmente”, afirmou o médico.

Carlos contou que o objetivo é mostrar que independente da orientação, o atendimento médico continua o mesmo. Poucas horas após a primeira postagem, o profissional voltou a suas redes e contou como foi a consulta.

“Ela foi recebida e escutada. Passei outras orientações médicas e fiz o acompanhamento do seu quadro. Também conversamos sobre o caso e ela disse estar disposta a pedir desculpas e que entendeu o recado”, afirmou.

 
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Médico redes sociais

Os usuários acabaram divididos, se por um lado, alguns acharam necessário e expressivo o uso da peruca e maquiagens, por outro, alguns internautas viram como desnecessário e desapropriado para um médico.

Em apoio, uma jovem comentou. “Parabéns pela atitude e profissionalismo! Ganhou uma seguidora!”. Outro, desta vez um homem, afirmou com descontentamento. “Errou tentando acertar”.

Posicionamento 

Por meio de nota, o Hospital da Mulher de Feira de Santana confirmou o caso de racismo e informou que presta total apoio a seu profissional. “Homofobia é crime, e não vamos tolerar nenhum preconceito”, finalizou o comunicado.

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