Prefeito e vice de cidade baiana são acusados de furar fila de vacinação; município tinha apenas 68 doses
Além deles, a ação civil pública também cita o secretário municipal de Saúde, Davi de Oliveira Nunes.
O prefeito do município baiano de Sítio do Mato, Cássio Guimarães Cursino, e o vice, Dionízio Antônio da Silva, foram acusados pelo Ministério Público estadual (MP-BA) de furar a fila da vacinação contra a Covid-19. Além deles, a ação civil pública também cita o secretário municipal de Saúde, Davi de Oliveira Nunes.
De acordo com o promotor de Justiça Fábio Nunes Leal, os gestores municipais se vacinaram no dia 19 de janeiro deste ano, mesmo não se enquadrando nos grupos prioritários da vacinação. Além disso, na ocasião, a cidade tinha apenas 68 doses de imunizante, e 826 pessoas no grupo prioritário.
Como justificativa, o prefeito disse ter se vacinado por falta de orientação e para estimular profissionais de saúde e idosos que estariam 'resistentes' em se vacinar. O promotor, no entanto, pontuou que, desde dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde já havia publicado o Plano Nacional de Imunização. Leal destacou, também, que como se tratava do primeiro dia da campanha, não havia como o gestor perceber ou identificar qualquer resistência à vacinação.
Na ação, o promotor solicita à Justiça que determine, em decisão liminar, a indisponibilidade dos bens em dez vezes o valor da remuneração dos acusados, sendo R$ 110 mil para o prefeito, R$ 60 mil para o vice e R$ 40 mil para o secretário. É solicitada, ainda, a retratação por desrespeito à ordem de prioridade da vacinação e a desvinculação da imagem dos gestores à campanha de vacinação, além de conendação por ato de improbidade administrativa, com indenização no valor de R$ 100 mil por dano moral coletivo.
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