ZIKA: Cientistas dizem ter encontrado prova da relação entre microcefalia e vírus

ZIKA: Cientistas dizem ter encontrado prova da relação entre microcefalia e vírus

Por Da Redação.

ZIKA: Cientistas dizem ter encontrado prova da relação entre microcefalia e vírusDivulgação

Cientistas divulgaram nesta sexta-feira (04/3) ter encontrado a primeira prova de uma ligação biológica entre o vírus Zika, com grande propagação na América Latina, e a microcefalia em recém-nascidos.

Segundo Guo-li Ming, professor de neurologia no Instituto Johns Hopkins de Engenharia Celular, nos Estados Unidos, e um dos responsáveis pelo estudo, os testes de laboratório revelam que o vírus atinge as principais células envolvidas no desenvolvimento do cérebro, destruindo-as ou desativando-as.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta em um perímetro do crânio infantil menor que o normal, com consequências no desenvolvimento do bebê.

Os resultados do estudo são a primeira prova concreta da existência de uma ligação entre o vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e a microcefalia. Até agora, de acordo com Guo-li Ming, as evidências encontradas eram circunstanciais.

Cientistas brasileiros, baianos entre eles, já haviam sinalizado a possibilidade de o vírus provocar outros males à saúde das pessoas. Um dos estudos é liderado pelo diretor do Hospital Geral Roberto Santos, Antônio Raimundo de Almeida, e pelo especialista em medicina neonatal, Manoel Sarno.

Eles apontaram anomalias fora do sistema nervoso central em bebês gestados por mães infectadas. O trabalho relata o caso de uma menina nascida morta em Salvador com hidranencefalia (condição em que os hemisférios cerebrais desaparecem e a cavidade é preenchida por um líquido cerebral), além de calcificações intracranianas e outras lesões.

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O bebê apresentou ainda outra condição que até então não tinha sido relacionada com zika: a hidropsia, que se caracteriza por acúmulo de líquido e inchaço sob a pele. Autópsia revelou a presença do vírus zika no córtex cerebral, na medula e no líquido amniótico.

*Com informações da Agência Brasil

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