Turista tem orelhas e dedos cortados pelo CV após tirar foto
O turista Fabrício Alves tirou foto com facção rival no Rio de Janeiro
Por Da Redação.
Desaparecido desde o dia 4 de março, no Rio de Janeiro, um brasiliense identificado como Fabrício Alves Monteiro, de 28 anos, pode ter sido vítima de sequestro, tortura e homicídio por integrantes do Comando Vermelho (CV). A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles nesta terça-feira (11).
O caso teria ocorrido após a circulação de imagens de Fabrício segurando um fuzil em grupos de WhatsApp. Na bandoleira da arma, havia a inscrição “Bonde do Coronel – TCP – MQÇ”, suposta referência ao Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival do CV, e à comunidade do Muquiço, controlada pelo grupo adversário.
Segundo depoimentos de um primo e um amigo da vítima, os três foram sequestrados por traficantes do CV na região de Honório Gurgel, na zona norte da cidade, durante o Carnaval. Fabrício teria sido submetido a tortura, incluindo agressões com coronhadas e mutilações, e forçado a ingerir parte da própria orelha. Os dois jovens foram libertados, mas ele permaneceu desaparecido.
O grupo havia viajado de Brasília para o Rio de Janeiro para aproveitar o Carnaval e estava hospedado na casa de familiares em Anchieta, também na zona norte. O sequestro ocorreu na Avenida Brasil, quando os três seguiam o GPS para uma festa. Segundo os relatos, os criminosos assumiram o controle do veículo e levaram o trio para a comunidade da Palmeirinha, área dominada pelo CV. Durante a abordagem, os traficantes acessaram o celular de Fabrício e encontraram mensagens e imagens que teriam relação com o TCP, o que teria motivado a punição imposta pela facção.
No dia 4 de março, a polícia encontrou um veículo incendiado na Avenida Brasil, próximo à comunidade do Muquiço, reduto do TCP. No interior do carro, havia um corpo carbonizado, que as autoridades acreditam ser de Fabrício. Um exame de DNA foi realizado para confirmar a identidade da vítima, mas o resultado ainda não foi divulgado.
Com a descoberta do corpo, a investigação passou a ser tratada como homicídio e foi transferida para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Inicialmente, o caso havia sido registrado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e posteriormente encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
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