"Tinha medo de ir à escola sozinho", diz avó de menino abusado no dia do aniversário; mãe dá detalhes
"Tinha medo de ir à escola sozinho", diz avó de menino abusado no dia do aniversário; mãe dá detalhes
A avó que denúnciou o abuso sofrido pelo neto dentro de uma escola em Vitória da Conquista, a 510 km de Salvador, disse ao Aratu On, nesta quinta-feira (12/12), que o menino tinha medo de ir ao colégio sozinho.
"Essa escola tem vários alunos e no recreio ficam todos misturados, grandes e pequenos. Ele dizia que só ia pra escola se o irmão fosse, mas não sabíamos que era porque o irmão de 10 anos defendia ele. Ontem, o irmão não foi", contou Belina Rodrigues. Os famíliares acusam três adolescentes de pelo crime, ocorrido no dia em que a vítima comemorava sete anos. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Toda a situação teria acontecido no Centro Municipal de Educação Professor Paulo Freire (Caic), no bairro Zabelê. A família diz que três adolescentes trancaram o menino no banheiro da escola, roubaram o dinheiro do lanche e inseriram um objeto no ânus dele.
O garoto passou pelo exame de corpo de delito nesta quinta-feira (12/12). O laudo vai ou não confirmar o estupro coletivo. "Não são três adolescentes, são três marginais", desabafou Belina. Ela sustentou ainda que o neto está abalado, quieto e sem querer conversar sobre o ocorrido.
"O exame ainda vai ser feito, pois no hospital deram um remédio para ele dormir e a policia explicou que precisa fazer o exame acordado", explicou. O jovem foi socorrido ao Hospital Municipal Esaú Matos após a família perceber sangue e fezes na roupa dele.
EM TEMPO
A mãe da criança também falou sobre o drama vivido pelo filho, em entrevista ao site "Blitz Conquista". Ela disse que a família está "destruída" e explicou que o menino defecou após o ato. Quando outro estudante entrou no banheiro, impedindo que algo mais acontecesse, a criança conseguiu correr e chamar o irmão mais velho, estudante da mesma escola. "Imediatamente meu filho mais velho saiu com ele", disse.
"Fomos ao colégio, mas não encontramos ninguém, então fomos logo para o hospital e para a delegacia. Ele ficou com receio de falar com a gente, porém conversou mais com a médica", contou a mulher que não teve a identidade divulgada.
Ainda na entrevista, a mãe do garoto disse que confia no trabalho da polícia e que espera que a jutiça seja feita, mas confessa que está arrasada. "Minha vida acabou. É um sentimento de tristeza e impunidade", concluiu.
O caso é investigado pela delegada Rosilene Correa, do Núcleo da Criança e do Adolescente da Polícia Civil de Vitória da Conquista.
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