Se recuperando da Covid-19 em hospital de luxo em Salvador, juiz preso na "Faroeste" queria ir para casa, mas pedido é negado
Na decisão, Mussi, que é vice-presidente da Corte, entende que, por já estar internado num hospital particular, Sergio Humberto não tem "situação urgente a reclamar a atuação” durante plantão judiciário.
O presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Jorge Mussi, rejeitou o pedido da defesa do juiz Sergio Humberto de Quadros, preso no âmbito da Operação Faroeste, para que ele fosse transferido para prisão domiciliar. A decisão foi divulgada na última terça-feira (1/1), mas foi assinada na última quinta (27/1).
O Aratu On consultou o documento, divulgado publicamente no sistema do Tribunal. Internado no Hospital Aliança por conta da Covid-19, o juiz pediu a conversão da prisão preventiva para domiciliar para “se recuperar junto à sua família” após a alta hospitalar.
Na decisão, Mussi, que é vice-presidente da Corte, entende que, por já estar internado num hospital particular, não “há situação urgente a reclamar a atuação” durante plantão judiciário.
De acordo com o Comando da Polícia Militar da Bahia, em informações prestadas ao STJ, o juiz preso na Faroeste teve o resultado positivo para Covid-19 no dia 25 do mês passado. No dia seguinte, com piora no quadro, ele foi transferido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Salvador. No dia seguinte, chegou ao Aliança.
Atualmente, o juiz está preso no Batalhão de Choque da PM junto a outros dois investigados na operação: Márcio Duarte e Antônio Roque.
De acordo com decisão do ministro Og Fernandes, em outubro, “é imperioso ressaltar” que, mesmo na prisão, foi encontrado um “arsenal de aparelhos eletrônicos”, dentre eles carregadores, pen drives, hd externo, modem 4g, habilitado no nome de Sampaio, e fones de ouvido de celulares, “demonstrando sua absoluta certeza da impunidade”.
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