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Pesquisadores nordestinos doam pele de tilápia para tratar vítimas de explosão no Líbano; técnica é usada desde 2015 

Pesquisadores nordestinos doam pele de tilápia para tratar vítimas de explosão no Líbano; técnica é usada desde 2015 

Por Da Redação

Pesquisadores nordestinos doam pele de tilápia para tratar vítimas de explosão no Líbano; técnica é usada desde 2015 divulgação/UFC

Um tratamento para vítimas de queimaduras feito no Nordeste brasileiro poderá ajudar as vítimas da explosão em Beirute, no Líbano. O Projeto Pele de Tilápia, vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará, informou nesta quinta (6/8) que está em condições de enviar todo o estoque de 40 mil centímetros quadrados de pele de tilápia para ajudar no tratamento dos feridos.


As autoridades libanesas contabilizam cerca de 5 mil feridos e mais de 100 mortos no acidente, ocorrido na última terça-feira (4/8). O uso do peixe no auxílio a queimaduras foi descoberto pelos pesquisadores em 2015 e, desde então, tem sido usado no Ceará. Agora, os pesquisadores pedem apoio do governo brasileiro para viabilizar a doação, resolvendo os trâmites burocráticos entre os países.


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O coordenador do NPDM, professor Odorico de Moraes, informou que o núcleo terá a capacidade também de preparar 2 mil peles de tilápia. Segundo a UFC, essa meta é planejada para o início do próximo ano, para que o material possa servir em casos futuros de vítimas de queimaduras. 


Segundo um dos pesquisadores, o médico Edmar Maciel, essas 2 mil peles equivalerão a curativos de 8 a 10 centímetros por 15 a 20 centímetros, o que representarão, no total, em torno de 250 mil a 300 mil centímetros quadrados de pele de tilápia. “Temos as peles, produzimos, estão esterilizadas e queremos doar”, reforça o médico.


Além de ser utilizada em queimaduras, a pele de tilápia, como biomaterial, tem aplicação em feridas, cirurgias ginecológicas e medicina regenerativa. “É a Universidade fazendo valer seus estudos para colocar à disposição da sociedade, transformando a pesquisa que é feita dentro da Universidade em bem social”, afirma o coordenador.




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