"Pazuello deve sair em um momento próximo", dispara o vice-presidente da República, Hamilton Mourão

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), confirmou que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, deverá ser substituído em um momento bem próximo. A pasta está sem um titular desde que Nelson Teich pediu demissão, no dia 15 de maio. Antes dele, ela era comandada por Luiz Henrique Mandetta, demitido no dia 16 de abril. "O Pazuello é interino, está há dois meses nesse cargo. Tudo indica que, em um momento próximo, o presidente vai substituí-lo", anunciou Mourão, durante uma entrevista para a GloboNews.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia dito que Eduardo não ficaria no cargo, mas até agora não indicou quem deverá ocupar a vaga. "É um nome que não vai ficar para sempre, está completando três meses como interino e já deu uma excelente contribuição para nós", afirmou Bolsonaro durante entrevista a emissoras de TV, no Palácio da Alvorada.

A crítica feita ao Exército pelo ministro Gilmar Mendes, que disse que o Exército pode estar se associando a "um genocídio", rendeu o aumento da pressão da cúpula das Forças Armadas para que Pazuello deixe o cargo. O atual ministro indicou alguns aliados, mas disse que não pretende antecipar sua ida para a reserva.

Mourão rebateu dizendo  dizer que não é preciso "impedir que haja contaminação" política entre militares. Para ele, a categoria precisa cumprir mais a missão constitucional. "Eu me relaciono bem com nossos diferentes atores do espectro político. Discordo da opinião de alguns, eles também discordam da minha. Mas quando a gente lida dessa forma, não precisando nos ofender mutuamente, acho que isso é a essência da política. E eu sempre digo, a gente pratica política desde cedo", disse.

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