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Ônibus é única alternativa de locomoção a 52,7% dos que usam transporte público, diz CNT

Estudo aponta, porém, uma redução dos usuários do serviço desde o último levantamento, em 2017

Por Juana Castro

Ônibus é única alternativa de locomoção a 52,7% dos que usam transporte público, diz CNTCréditos da foto: Felipe Damásio/Ônibus Brasil

O ônibus é a única alternativa de locomoção disponível a 52,7% dos usuários brasileiros de transporte público entrevistados. Isso é o que aponta a Pesquisa de Mobilidade da População Urbana, divulgada nesta quarta-feira (7/8) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).


Em relação ao último levantamento, realizado em 2017, porém, a redução foi de 14,3% entre aqueles que só têm como utilizar o ônibus para se locomover. Já a taxa de usuários do metrô recuou de 4,6% para 4,2%.


A pesquisa indica também que 29,4% dos entrevistados confirmaram que deixaram de utilizar totalmente o ônibus e 27,5% diminuíram o uso.

Segundo a CNT, entre os fatores que podem ter influenciado a queda estão o aumento da utilização do carro próprio, que passou de 22,2% para 29,6%; e a obtenção da moto própria, que mais que dobrou — saltando de 5,1% para 10,9% em sete anos.


O levantamento também apontou que população de baixa renda ainda é a que mais utiliza o transporte público. Segundo a pesquisa, as classes C, D e E representam 79,2% dos usuários de ônibus, 77,1% dos que usam trem urbano/metropolitano e 62,3% dos passageiros de metrô.


QUALIDADE DO SERVIÇO


Ainda segundo o estudo, mais de 57% dos entrevistados estariam dispostos a pagar uma tarifa mais cara no transporte público caso houvesse garantia de que só iriam viajar sentados. Já 52,6% concordariam com o aumento do preço da passagem para que veículos menos poluentes fossem utilizados.


A pesquisa também apontou que a porcentagem de pessoas que consideram o transporte um problema quase dobrou, saindo de 12,4% para 24,3%.


APLICATIVOS DE TRANSPORTE


Outro dado coletado pela pesquisa da CNT é de que houve uma alta significativa dos usuários de transporte por aplicativo, saltando de 1% para 11,1% dos entrevistados entre 2017 e 2024.


O aumento foi observado, especialmente, entre a população de baixa renda. Entre aqueles que substituíram o ônibus pelos aplicativos de transporte, 56,6% pertencem à classe C e 20,1% às classes D e E.


EFEITO PRÁTICO


Presidente do Sistema Transporte, da CNT, Vander Costa explicou que, a partir do estudo, é possível mapear o perfil dos usuários de transporte e identificar os principais problemas, para que o poder público trabalhe para encontrar soluções práticas. Ele ainda reforçou a importância de propostas de mobilidade urbana entre os candidatos às eleições.


"Em um ano com eleições municipais, é fundamental que os candidatos coloquem a mobilidade urbana no centro de suas propostas, garantindo investimentos e políticas que tornem o transporte público mais eficiente, seguro e acessível para todos."


O levantamento da CNT, com apoio da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), ouviu 3.117 pessoas, em 319 municípios com mais de 100 mil habitantes, entre os dias 18 de abril e 11 de maio de 2024.


LEIA MAIS: Salvador perdeu mais de 100 linhas de ônibus em 4 anos, indica estudo; entidades cobram recomposição

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