Oficial da PM é suspeita de manter empregado em cárcere privado; MPT investiga possível crime

Uma oficial da Polícia Militar é acusada de manter um cuidador em cárcere privado por mais de 10 dias. O flagrante ocorreu na noite da última quinta-feira (23/3), após denúncias chegarem até outros agentes da PM, que realizaram a prisão da companheira em flagrante. Um dia após a prisão da oficial, na manhã desta sexta (24/3), o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) abriu investigação para o caso.

Em nota, o MPT contou que o homem tem 59 anos, e foi levado até a delegacia na noite da última quinta (23/3), quando exames de corpo e delito foram realizados. A oficial morava no bairro de Brotas, em Salvador, de onde a vítima foi resgatada.

"Nos próximos dias, deverão ser solicitadas informações à 1ª Delegacia de Polícia, onde o caso foi registrado. A partir daí, devem ser convocadas testemunhas, vítima e empregadora para esclarecimentos. Só após a análise dos elementos, será avaliado o enquadramento do caso como sendo trabalho análogo à escravidão", informou o MPT.

Ainda conforme o órgão, o número de trabalhadores domésticos em situação análoga à escravidão vem crescendo nos últimos anos na Bahia. Somente no ano passado, dez pessoas com esse perfil foram resgatadas no estado.

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