Geral

No ranking de países com estudantes mais deprimidos, Brasil aparece em oitavo lugar

O relatório Situação Mundial da Infância 2021, feito pela Unicef, aponta os impactos da pandemia na saúde mental dos adolescentes

Por Da Redação

No ranking de países com estudantes mais deprimidos, Brasil aparece em oitavo lugarCréditos da foto: Educa Mais Brasil

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou na terça-feira (4/10) o relatório Situação Mundial da Infância 2021 - Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças. A pesquisa aponta que em média, um em cada cinco (19%) adolescentes e jovens de 15 a 24 anos no mundo todo vivem deprimidos ou com pouco interesse em fazer as suas demandas rotineiras.


Além disso, estima-se também que globalmente, mais de um em cada sete meninos e meninas com idade entre 10 e 19 anos viva com algum transtorno mental diagnosticado e que quase 46 mil adolescentes morrem por suicídio a cada ano, uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária.


Os números alarmantes são apenas uma prévia da pesquisa internacional com crianças e adultos em 21 países conduzida pelo Unicef em parceria com a Gallup. Foram entrevistadas aproximadamente 20 mil pessoas, por telefone, em 21 países. Os resultados completos serão divulgados em novembro. 


O Brasil também está entre os países com entrevistados pela pesquisa. No nosso caso, a porcentagem de pessoas deprimidas na faixa etária em análise é maior que a média, sendo 22% dos adolescentes e jovens de 15 a 24 anos que afirmaram se sentirem, muitas vezes, deprimidos ou sem interesse. O país ficou em oitavo lugar no ranking dos 21 países. Camarões aparece em primeiro lugar, com uma porcentagem de 32%. Em último lugar, está o Japão, com 10%. 


“O país fica em um patamar preocupante, mas não é o pior. Há países que não têm instituições fortalecidas nem políticas públicas com o histórico que tem o Brasil”, ressalta a oficial do Unicef no Brasil na área de Desenvolvimento de Adolescentes, Gabriela Mora. 


Para Gabriela, é importante valorizar as políticas públicas e as instituições que já vêm trabalhando nessa questão, ampliando a oferta de serviços psicológicos em todo o país. Ela reforça ainda que é preciso que diversas áreas se organizem, incluindo assistência social, educação e saúde, para oferecer atendimento e encaminhamento adequado àqueles que precisarem. 


PANDEMIA


O relatório destaca que todo esse cenário já era preocupante antes da pandemia, mas foi intensificado por ela. De acordo com o Unicef, pelo menos uma em cada sete crianças foi diretamente afetada por lockdowns, enquanto mais de 1,6 bilhão de crianças sofreram alguma perda relacionada à educação


Outros aspectos como a ruptura com as rotinas, a recreação e a preocupação com a renda familiar e com a saúde dos familiares na pandemia estão deixando muitos jovens com medo, irritados e preocupados com seu futuro.


“Ainda é um tabu falar de saúde mental. A pandemia nos trouxe a urgência desse tema, de quebrar esse tabu e de falar de forma acolhedora, de fomentar espaços de escuta de crianças e adolescentes. É importante levar a sério. Quando [crianças e adolescentes] estão passando por um sofrimento, escutar, reconhecer isso e dar o apoio necessário”, conclui Grabriela Mora. 


LEIA MAIS: Tio suspeito de estuprar sobrinha de 11 anos é preso; ele ameaçava criança com facão


Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.


Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.


Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Tópicos relacionados

Relacionadas

Aratu On

O Aratu On é uma plataforma focada na produção de notícias e conteúdos, que falam da Bahia e dos baianos para o Brasil e resto do mundo.

Política, segurança pública, educação, cidadania, reportagens especiais, interior, entretenimento e cultura.
Aqui, tudo vira notícia e a notícia é no tempo presente, com a credibilidade do Grupo Aratu.

Siga-nos

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.