Neto de Mãe Bernadete comenta novidades do caso e diz que já foi ameaçado: 'eu sou o próximo'
Primeira audiência do caso será realizada nesta quinta-feira (4/4), em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (RMS)
"A história é muito maior", afirmou Wellington Pacífico, filho de Binho do Quilombo e neto de Mãe Bernadete, nesta quarta-feira (3/4), à TV Aratu, quando comentava sobre a inserção de três suspeitos do assassinato da matriarca no Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Segundo ele, o grupo criminoso "está desde 2017 causando o mal", pois foi naquele ano que o pai dele, Binho, foi executado "com 12 tiros no rosto".
De acordo com a SSP, entre as "novas cartas" do baralho do crime está o suspeito de executar o crime contra a ialorixá, então liderança do Quilombo de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (na região metropolitana de Salvador), mas, para Wellington, há mais gente por trás do assassinato. "O chefe dele não está aí. Falta a burguesia aparecer e botar a cara na tela", disparou, em entrevista ao apresentador Murilo Vilas Boas.
Wellington cobrou, ainda, respostas sobre a morte do pai. "Por que não desvendar o mistério de Binho do Quilombo? Por que tem empresário e político por trás?", indagou, para em seguida responder: "Porque se desvendar [a morte de] Binho do Quilombo vai chegar em Mãe Bernadete. Vai chegar e eu sou o próximo."
Atualmente o neto da ialorixá - assassinada em agosto de 2023 - tem proteção do governo estadual. Mesmo assim, revela que já sofreu ameaças. "Se não [tivesse segurança], eu já estava morto. Mesmo tendo isso, já fui ameaçado", concluiu.
https://www.youtube.com/watch?v=aQEbFQ2Eto4&feature=youtu.be
AUDIÊNCIA
Por fim, o neto - considerado filho - de Mãe Bernadete convocou "toda a sociedade civil e o movimento negro da Bahia" para comparecer ao Fórum de Simões Filho, nesta quinta-feira (4/4). Amanhã, às 10h, será realizada a primeira audiência de instrução do caso, na 1ª Vara Criminal da Comarca do município.
Na oportunidade, o juiz responsável pelo caso, Murilo de Castro Oliveira, decidirá se há provas suficientes para que os réus sejam levados a julgamento.
Além disso, devem ser definidos os detalhes para os depoimentos de testemunhas e réus.
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