MST fecha a BR-101 e 263 em vários pontos na Bahia em solidariedade ao povo pataxó Hã-Hã-Hãe
Confronto resultou na morte da indígena Maria de Fátima Muniz, a Nega Pataxó, no domingo (21)
Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) realizaram na manhã desta segunda-feira (22/1) trancaram em vários trechos da BR 101, no extremo sul da Bahia, e na BR-263, em Itambé, sudoeste baiano. Os pontos de fechamento estão localizados na altura dos municípios de Teixeira de Freitas, Itamaraju e Itabela.
A ação ocorreu em repúdio ao ataque do grupo de fazendeiros realizado no domingo (21) contra o povo pataxó Hã-Hã-Hãe, que resultou na morte da indígena Maria de Fátima Muniz de Andrade, mais conhecida como Nega Pataxó, e ferindo vários outros, dentre eles o Cacique Nailton Muniz, irmão de Maria de Fátima.
Em nota, o MST no estado repudiou a ação violenta do grupo que chemou de "fazendeiros milicianos", e cobrou do Estado uma investigação célere sobre o grupo, que de acordo com o MST estaria "praticando diversas ações criminosas na Bahia, atuando como se fosse um estado paralelo e agindo por cima da lei".
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), cerca de 200 ruralistas da região se organizaram através de um aplicativo de mensagens. Estes fazendeiros e comerciantes atuaram para recuperar, sem decisão judicial, a posse da Fazenda Inhuma, retomada por indígenas no último sábado (20).
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o ataque foi promovido por um grupo que se denomina “Movimento Invasão Zero”. A pasta também determinou o reforço, por tempo indeterminado, do patrulhamento ostensivo na região, que fica próximo a cidade de Itapetinga e Pau Brasil.
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