MPBA denuncia policiais militares pela morte de funcionário da Embasa
MPBA apresentou denúncia que foi acatada pela Justiça
O Ministério Público da Bahia (MPBA) divulgou nesta quinta-feira (26), que apresentou uma denúncia à Justiça contra os policiais militares Cláudio Alves dos Prazeres Júnior, Igor Portugal da Fonseca e Rafael Vieira da Silva, envolvidos na morte de Welson Figueredo Macedo, ocorrida em 9 de julho, no bairro de Castelo Branco, em Salvador. Os policiais são acusados de homicídio qualificado, cometido sem dar chance de defesa à vítima.
Segundo o MPBA, a denúncia foi apresentada no último dia 18 e o órgão solicitou o afastamento cautelar dos acusados do policiamento ostensivo por 180 dias, além de proibir o acesso ao bairro onde ocorreu o crime e o contato com testemunhas e familiares de Welson durante a instrução processual. A denúncia foi aceita pela Justiça no dia 19, que agora avaliará os pedidos do MP durante o andamento do processo.
De acordo com a denúncia, Welson foi atingido por um tiro de carabina nas costas, resultando em traumatismo abdominal que levou à sua morte. Testemunhos e imagens de câmeras de segurança desmentem a versão dos policiais, que alegaram que Welson estava armado e teria trocado tiros com a guarnição. Um colega de trabalho da vítima confirmou que ele não portava arma e as imagens mostram que Welson estava voltando do trabalho no momento do ataque.
Os policiais afirmaram que perseguiam três indivíduos suspeitos de roubo e que Welson foi atingido durante a troca de tiros. Contudo, as evidências demonstram que ele não tinha relação com os suspeitos e foi baleado após eles passarem. Além disso, os PMs teriam removido a bolsa e a motocicleta da vítima, deslocado a viatura para outra localidade e colocado uma arma de fogo na cena do crime para simular um confronto. A perícia não encontrou vestígios de pólvora nas mãos de Welson.
Os policiais também poderão ser responsabilizados por fraude processual devido à alteração da cena do crime. A investigação, por ser um delito militar, será analisada por uma Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, que tomará as medidas necessárias.
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