Militância LGBTQIAPN+ no esporte envolve tabu do número 24 nos campos e segurança de torcedores
No Dia Mundial contra a LGBTfobia, Aratu On mostra cenário do esporte e, especialmente, do futebol para atletas e torcedores da comunidade
Créditos da foto: Divulgação/ Felipe Oliveira
Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Nesta sexta-feira, 34 anos depois, é celebrado o Dia Mundial contra a LGBTfobia, oficializado no Brasil em 2010.
Nove anos depois, a homofobia a transfobia foram criminalizadas no Brasil, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados como crimes de racismo, sendo inafiançáveis e imprescritíveis.
Ainda assim, em dados recentes, divulgados pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil, uma pessoa LGBTQIAPN+ morreu de forma violenta a cada 38 horas em 2023.
Ao todo, a comunidade perdeu aproximadamente 230 pessoas de forma violenta no ano de 2023. Dessas mortes, 184 foram assassinados, 18 suicídios e 28 por outras causas, segundo o levantamento sobre a violência e a violação de direitos LGBTIAPN+.
No mundo do esporte, a discussão sobre a LGBTfobia tem alterado um cenário marcado por estereótipos e preconceitos. No futebol, esporte que movimenta mais de R$ 50 bilhões no Brasil e corresponde a quase 1% do PIB nacional, o uso da camisa 24, número associado à homossexualidade, ainda é um tabu nos campos.
Repodução/ Instagram @canarinhoslgbt'24, AQUI, NÃO!'
Por representar o veado no jogo do bicho, o 24 passou a ser associado à homossexualidade pelo simbolismo de fragilidade e delicadeza do animal. E por causa da associação, jogadores brasileiros evitam a camisa.
Desde o início do século 21, os jogadores usam camisas que vão de 1 a 99, mas poucos optam pela 24. No Brasileirão, menos de 1% dos esportistas escolhem o número.
Em 2020, uma polêmica marcou a aversão, quando o jogador colombiano Victor Cantillo, que usada a camisa 24 no antigo clube, foi para o Corinthians. "24, aqui, não", disse o então diretor do time brasileiro, Duílio Monteiro Alves, a Victor na época, durante uma entrevista coletiva.
Em um marco de demonstração de respeito à diversidade, o volante Flávio Medeiros, do time do Bahia, optou pelo uso da camisa 24 em um jogo pela Copa do Nordeste em homenagem ao jogador de basquete Kobe Bryant, que usava a numeração e faleceu em um acidente de helicóptero em 2020.
Em entrevista ao portal El País, o jogador baiano expressou as motivações dele: "Vesti a camisa 24 com muito orgulho", afirmou o titular do Bahia, após a vitória por 2 a 0 sobre o Imperatriz. "Me sinto feliz e honrado por ser o representante do Bahia nesta causa. A ideia é mostrar que o respeito às diferenças sempre deve prevalecer. E que, independentemente da orientação sexual, toda pessoa pode usar o número que quiser".
[caption id="attachment_330867" align="alignnone" width="700"] Divulgação/ Felipe Oliveira[/caption]
BAHIA
Com o exemplo de Flávio dos Santos, o time do Bahia vem se tornando referência na luta contra a homofobia no esporte. Visando criar uma comunidade de torcedores que apoiam a diversidade dentro do estádio, a torcida LBGTricolor criou um círculo de apoio para torcedores da comunidade LGBTQIAPN+.
[caption id="attachment_330878" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @lgbtricolor[/caption]
A LGBTricolor foi fundada pelo comunicador e ativista de inclusão e diversidade Onã Rudá, 34 anos, também fundador do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQIAPN+ e Membro do GT de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol Brasileiro da CBF.
Criado em 2019, o Coletivo Canarinhos reúne torcidas de clubes de futebol por todo o Brasil. São 23 torcidas que seguem em uma dinâmica de construir ações visando combater a LGBTfobia no futebol e reaproximar a comunidade LGBTQIAPN+ dos estádios.
[caption id="attachment_330881" align="alignnone" width="700"] Divulgação/ Coletivo Canarinhos LGBTQIAPN+[/caption]
O projeto se responsabiliza em desenvolver observatórios, anuários e levantamentos sobre as ocorrências LGBTfobicas, e atualizar os torcedores a respeito dos avanços dentro do corpo esportivo.
Onã Rudá diz que o coletivo Canarinhos surgiu como um grupo de Whastapp para discutir com representantes dos clubes o que poderia ser feito a favor da comunidade. No entando, ele ressalta: "O fato de sermos torcedores não fazia com que tivéssemos apoio das instituições de futebol".
Onã diz ter demorado para conseguir estruturar a ação de forma mais organizada. "Não foi uma coisa de cara. No começo, fizemos o que a gente acreditava que era justo, que era legítimo e que podia avançar e chegar lá".
Desde 2022, com o apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o coletivo publica o “Anuário da LGBTfobia no Futebol”.
ANUÁRIO DA LGBTFOBIA NO FUTEBOL
Segundo o último levantamento do anuário, realizado em 2022, cerca de 80% de torcedores LGBTQIAP+ não vão aos estádios de forma organizada ou uniformizada e mais de 60% das torcidas não têm diálogo com o clube ou com seus grupos políticos.
No levantamento, foram registrados 74 casos de homofobia entre torcedores e jogadores, o que resultou em um aumento de 76% nas ocorrências de LGBTFOBIA em comparação com 2021.
Além dos dados que registram os casos de preconceito, o coletivo também registra a participação dos clubes em datas comemorativas da comunidade LGBTQIAP+, como o 17 de maio e o 28 de Junho (Dia do Orgulho LGBTQIAP+).
O levantamento aferiu que, entre 2020 e 2022, houve uma queda entre os clubes brasileiros que falam das datas em suas redes sociais.
Confira os registros do anuário:
LEIS
Teu Nacimento
Onã também desenvolveu dois projetos de lei que ajudam no combate a LGBTfobia nos estádios. O primeiro virou lei municipal em 2020 em Salvador. A lei "Teu Nascimento", pune estabelecimentos que discriminarem pessoas da comunidade LGBTQIA+ e vale para estádios.
A lei leva o apelido de Thadeu Nascimento, o Teu, homem trans que foi brutalmente assassinado em 2017, aos 24 anos de idade dentro de sua casa, no bairro da Fazenda Grande, em Salvador. As multas variam de R$ 10 mil a R$ 100 mil, além da possibilidade de cassação do alvará das empresas.
Millena Passos
Em homenagem à primeira transexual no Brasil a ocupar um cargo em uma secretaria estadual de Mulheres, Millena Passos, uma lei estadual foi aprovada em 2022, pela Assembleia Legislativa (AL-BA), visando ser mais uma ferramenta de apoio ao estado e como consequência ao esporte.
O projeto prevê sanções administrativas a atos discriminatórios praticados contra sexualidade e identidade de gênero no estado por qualquer pessoa, física ou jurídica, inclusive que exerça função pública.
ATLETAS NA LUTA
O Aratu On preparou uma mostra dos atletas brasileiros que desafiaram o conservadorismo do meio esportivo e se declaram abertamente pertencentes a comunidade LGBTQIAPN+.
Antes de começar, você sabe o significado de cada letra da sigla LGBTQIAPN+?; confira para não errar:
L - Lésbica: Mulheres que sentem atração emocional, romântica ou sexual por outras mulheres.
G - Gay: Termo geralmente usado para homens atraídos por outros homens, mas também pode ser usado por lésbicas.
B - Bissexual: Indivíduos que se sentem atraídos por mais de um gênero.
T - Transgênero: Pessoas cuja identidade de gênero difere do sexo atribuído no nascimento.
Q - Queer: Um termo guarda-chuva para pessoas que não se enquadram nas normas tradicionais de gênero e/ou sexualidade.
I - Intersexo: Indivíduos nascidos com características sexuais (como cromossomos, genitália e/ou órgãos reprodutivos) que não se encaixam nas definições típicas de masculino ou feminino.
A - Assexual: Pessoas que não sentem atração sexual, ou a sentem em baixos níveis ou sob condições específicas.
P - Pansexual: Pessoas atraídas por indivíduos de todos os gêneros e identidades de gênero.
N - Não-binário: Pessoas que não se identificam nem com o gênero feminino nem com o masculino.
A inclusão do "+" é uma forma de reconhecer todas as outras identidades e orientações que não estão explicitamente representadas nas letras anteriores.
Richarlyson Barbosa - Futebol
[caption id="attachment_330851" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @richarlyson[/caption]
O ex-jogador da seleção brasileira, Rycharlyson revelou já ter se relacionado com homens e mulheres, assumindo ser bissexual em entrevista ao podcast "No Armário dos Vestiários", em 2022.
Marta - Futebol
[caption id="attachment_330853" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @martasilva10[/caption]
Considerada seis vezes a melhor do mundo, Marta nunca afirmou sobre a sua sexualidade, mas faz questão de destacar seus relacionamentos com mulheres. Na última copa, em 2022, no Japão, a jogadora dedicou dois gols à noiva Tony Deion.
Douglas Souza - Vôlei
[caption id="attachment_330854" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @douglasouza[/caption]
Nas últimas Olimpíadas de Tóquio, as quadras de vôlei ficaram mais coloridas com Douglas. O atleta foi o único homem entre os brasileiros assumidamente gays nas Olimpíadas.
Cristiane Rozeira - Futebol
[caption id="attachment_330856" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @crisrozeira[/caption]
Mãe do pequeno Bento, de apenas três anos, assumidamente lésbica, uma das melhores artilheiras da seleção brasileira, é casada com a advogada Ana Paula Garcia.
Carol Gattaz - Vôlei
[caption id="attachment_330860" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @carolgattaz[/caption]
Em 2016, a atleta surpreendeu os fãs ao assumir um relacionamento com a companheira de quadra, Ariele Ferreira. O relacionamento chegou ao fim, mas Carol segue como referência para comunidade LGBT esportiva.
Diego Hypólito - Ginástica
[caption id="attachment_330864" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @diegohypolito[/caption]
Mesmo com portais e internautas questionando a sua sexualidade, após beijar uma mulher publicamente. Em 2019, Diego Hypólito falou pela primeira vez sobre sua sexualidade em uma entrevista, assumindo ser gay, e revelou a insegurança sobre como sua família iria reagir à notícia.
LEIA MAIS: Casal de mães impedido de participar de evento em escola levará ‘luta’ para Justiça
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).
Nove anos depois, a homofobia a transfobia foram criminalizadas no Brasil, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados como crimes de racismo, sendo inafiançáveis e imprescritíveis.
Ainda assim, em dados recentes, divulgados pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil, uma pessoa LGBTQIAPN+ morreu de forma violenta a cada 38 horas em 2023.
Ao todo, a comunidade perdeu aproximadamente 230 pessoas de forma violenta no ano de 2023. Dessas mortes, 184 foram assassinados, 18 suicídios e 28 por outras causas, segundo o levantamento sobre a violência e a violação de direitos LGBTIAPN+.
No mundo do esporte, a discussão sobre a LGBTfobia tem alterado um cenário marcado por estereótipos e preconceitos. No futebol, esporte que movimenta mais de R$ 50 bilhões no Brasil e corresponde a quase 1% do PIB nacional, o uso da camisa 24, número associado à homossexualidade, ainda é um tabu nos campos.
Repodução/ Instagram @canarinhoslgbt'24, AQUI, NÃO!'
Por representar o veado no jogo do bicho, o 24 passou a ser associado à homossexualidade pelo simbolismo de fragilidade e delicadeza do animal. E por causa da associação, jogadores brasileiros evitam a camisa.
Desde o início do século 21, os jogadores usam camisas que vão de 1 a 99, mas poucos optam pela 24. No Brasileirão, menos de 1% dos esportistas escolhem o número.
Em 2020, uma polêmica marcou a aversão, quando o jogador colombiano Victor Cantillo, que usada a camisa 24 no antigo clube, foi para o Corinthians. "24, aqui, não", disse o então diretor do time brasileiro, Duílio Monteiro Alves, a Victor na época, durante uma entrevista coletiva.
Em um marco de demonstração de respeito à diversidade, o volante Flávio Medeiros, do time do Bahia, optou pelo uso da camisa 24 em um jogo pela Copa do Nordeste em homenagem ao jogador de basquete Kobe Bryant, que usava a numeração e faleceu em um acidente de helicóptero em 2020.
Em entrevista ao portal El País, o jogador baiano expressou as motivações dele: "Vesti a camisa 24 com muito orgulho", afirmou o titular do Bahia, após a vitória por 2 a 0 sobre o Imperatriz. "Me sinto feliz e honrado por ser o representante do Bahia nesta causa. A ideia é mostrar que o respeito às diferenças sempre deve prevalecer. E que, independentemente da orientação sexual, toda pessoa pode usar o número que quiser".
[caption id="attachment_330867" align="alignnone" width="700"] Divulgação/ Felipe Oliveira[/caption]
BAHIA
Com o exemplo de Flávio dos Santos, o time do Bahia vem se tornando referência na luta contra a homofobia no esporte. Visando criar uma comunidade de torcedores que apoiam a diversidade dentro do estádio, a torcida LBGTricolor criou um círculo de apoio para torcedores da comunidade LGBTQIAPN+.
[caption id="attachment_330878" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @lgbtricolor[/caption]
A LGBTricolor foi fundada pelo comunicador e ativista de inclusão e diversidade Onã Rudá, 34 anos, também fundador do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQIAPN+ e Membro do GT de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol Brasileiro da CBF.
Criado em 2019, o Coletivo Canarinhos reúne torcidas de clubes de futebol por todo o Brasil. São 23 torcidas que seguem em uma dinâmica de construir ações visando combater a LGBTfobia no futebol e reaproximar a comunidade LGBTQIAPN+ dos estádios.
[caption id="attachment_330881" align="alignnone" width="700"] Divulgação/ Coletivo Canarinhos LGBTQIAPN+[/caption]
O projeto se responsabiliza em desenvolver observatórios, anuários e levantamentos sobre as ocorrências LGBTfobicas, e atualizar os torcedores a respeito dos avanços dentro do corpo esportivo.
Onã Rudá diz que o coletivo Canarinhos surgiu como um grupo de Whastapp para discutir com representantes dos clubes o que poderia ser feito a favor da comunidade. No entando, ele ressalta: "O fato de sermos torcedores não fazia com que tivéssemos apoio das instituições de futebol".
Onã diz ter demorado para conseguir estruturar a ação de forma mais organizada. "Não foi uma coisa de cara. No começo, fizemos o que a gente acreditava que era justo, que era legítimo e que podia avançar e chegar lá".
Desde 2022, com o apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o coletivo publica o “Anuário da LGBTfobia no Futebol”.
ANUÁRIO DA LGBTFOBIA NO FUTEBOL
Segundo o último levantamento do anuário, realizado em 2022, cerca de 80% de torcedores LGBTQIAP+ não vão aos estádios de forma organizada ou uniformizada e mais de 60% das torcidas não têm diálogo com o clube ou com seus grupos políticos.
No levantamento, foram registrados 74 casos de homofobia entre torcedores e jogadores, o que resultou em um aumento de 76% nas ocorrências de LGBTFOBIA em comparação com 2021.
Além dos dados que registram os casos de preconceito, o coletivo também registra a participação dos clubes em datas comemorativas da comunidade LGBTQIAP+, como o 17 de maio e o 28 de Junho (Dia do Orgulho LGBTQIAP+).
O levantamento aferiu que, entre 2020 e 2022, houve uma queda entre os clubes brasileiros que falam das datas em suas redes sociais.
Confira os registros do anuário:
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LEIS
Teu Nacimento
Onã também desenvolveu dois projetos de lei que ajudam no combate a LGBTfobia nos estádios. O primeiro virou lei municipal em 2020 em Salvador. A lei "Teu Nascimento", pune estabelecimentos que discriminarem pessoas da comunidade LGBTQIA+ e vale para estádios.
A lei leva o apelido de Thadeu Nascimento, o Teu, homem trans que foi brutalmente assassinado em 2017, aos 24 anos de idade dentro de sua casa, no bairro da Fazenda Grande, em Salvador. As multas variam de R$ 10 mil a R$ 100 mil, além da possibilidade de cassação do alvará das empresas.
Millena Passos
Em homenagem à primeira transexual no Brasil a ocupar um cargo em uma secretaria estadual de Mulheres, Millena Passos, uma lei estadual foi aprovada em 2022, pela Assembleia Legislativa (AL-BA), visando ser mais uma ferramenta de apoio ao estado e como consequência ao esporte.
O projeto prevê sanções administrativas a atos discriminatórios praticados contra sexualidade e identidade de gênero no estado por qualquer pessoa, física ou jurídica, inclusive que exerça função pública.
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ATLETAS NA LUTA
O Aratu On preparou uma mostra dos atletas brasileiros que desafiaram o conservadorismo do meio esportivo e se declaram abertamente pertencentes a comunidade LGBTQIAPN+.
Antes de começar, você sabe o significado de cada letra da sigla LGBTQIAPN+?; confira para não errar:
L - Lésbica: Mulheres que sentem atração emocional, romântica ou sexual por outras mulheres.
G - Gay: Termo geralmente usado para homens atraídos por outros homens, mas também pode ser usado por lésbicas.
B - Bissexual: Indivíduos que se sentem atraídos por mais de um gênero.
T - Transgênero: Pessoas cuja identidade de gênero difere do sexo atribuído no nascimento.
Q - Queer: Um termo guarda-chuva para pessoas que não se enquadram nas normas tradicionais de gênero e/ou sexualidade.
I - Intersexo: Indivíduos nascidos com características sexuais (como cromossomos, genitália e/ou órgãos reprodutivos) que não se encaixam nas definições típicas de masculino ou feminino.
A - Assexual: Pessoas que não sentem atração sexual, ou a sentem em baixos níveis ou sob condições específicas.
P - Pansexual: Pessoas atraídas por indivíduos de todos os gêneros e identidades de gênero.
N - Não-binário: Pessoas que não se identificam nem com o gênero feminino nem com o masculino.
A inclusão do "+" é uma forma de reconhecer todas as outras identidades e orientações que não estão explicitamente representadas nas letras anteriores.
Richarlyson Barbosa - Futebol
[caption id="attachment_330851" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @richarlyson[/caption]
O ex-jogador da seleção brasileira, Rycharlyson revelou já ter se relacionado com homens e mulheres, assumindo ser bissexual em entrevista ao podcast "No Armário dos Vestiários", em 2022.
Marta - Futebol
[caption id="attachment_330853" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @martasilva10[/caption]
Considerada seis vezes a melhor do mundo, Marta nunca afirmou sobre a sua sexualidade, mas faz questão de destacar seus relacionamentos com mulheres. Na última copa, em 2022, no Japão, a jogadora dedicou dois gols à noiva Tony Deion.
Douglas Souza - Vôlei
[caption id="attachment_330854" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @douglasouza[/caption]
Nas últimas Olimpíadas de Tóquio, as quadras de vôlei ficaram mais coloridas com Douglas. O atleta foi o único homem entre os brasileiros assumidamente gays nas Olimpíadas.
Cristiane Rozeira - Futebol
[caption id="attachment_330856" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @crisrozeira[/caption]
Mãe do pequeno Bento, de apenas três anos, assumidamente lésbica, uma das melhores artilheiras da seleção brasileira, é casada com a advogada Ana Paula Garcia.
Carol Gattaz - Vôlei
[caption id="attachment_330860" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @carolgattaz[/caption]
Em 2016, a atleta surpreendeu os fãs ao assumir um relacionamento com a companheira de quadra, Ariele Ferreira. O relacionamento chegou ao fim, mas Carol segue como referência para comunidade LGBT esportiva.
Diego Hypólito - Ginástica
[caption id="attachment_330864" align="alignnone" width="700"] Reprodução/ Instagram @diegohypolito[/caption]
Mesmo com portais e internautas questionando a sua sexualidade, após beijar uma mulher publicamente. Em 2019, Diego Hypólito falou pela primeira vez sobre sua sexualidade em uma entrevista, assumindo ser gay, e revelou a insegurança sobre como sua família iria reagir à notícia.
LEIA MAIS: Casal de mães impedido de participar de evento em escola levará ‘luta’ para Justiça
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).