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LAVA JATO: Polícia Federal cumpre mandado de prisão contra ex-gerente da Petrobras

LAVA JATO: Polícia Federal cumpre mandado de prisão contra ex-gerente da Petrobras

Por Da Redação

LAVA JATO: Polícia Federal cumpre mandado de prisão contra ex-gerente da PetrobrasIlustração

A Polícia Federal cumpre mandados de prisão pela 46ª fase da Operação Lava Jato nesta sexta-feira (20/10). Um deles é contra o ex-gerente da área Internacional da Petrobras Luis Carlos Moreira da Silva, que foi condenado pelo juiz federal Sergio Moro na quinta-feira (19/10).


A ação, segundo a PF, tem como alvo um grupo de gerentes da Petrobras. Os profissionais se uniram para beneficiar a empreiteira Odebrecht em contratações com a petroleira mediante o pagamento de propina de forma dissimulada, usando contas de empresas no exterior, de acordo com os investigadores.


Ao todo, são cumpridas dez ordens judiciais, que foram expedidas por Moro, sendo um de prisão preventiva e outro de prisão temporária, com duração de cinco dias. Ambos são no Rio de Janeiro.


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Silva é alvo do mandado de prisão preventiva. Moro, ao determinar sua prisão, aceitou o pedido do MPF (Ministério Público Federal) de que a liberdade de Silva traria “riscos à ordem pública”. Não há informações sobre o alvo do mandado de prisão temporária.


O ex-gerente foi condenado na quinta-feira pelo juiz a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, ele solicitou e recebeu vantagem indevida por contratos da Petrobras para construção de navios-sonda.


Silva também teve, segundo Moro, “consistente na participação da ocultação e dissimulação do produto do crime através da utilização de contas secretas em nome de off-shores”. Ele lavou, de acordo com o juiz, cerca de US$ 695 mil (R$ 2,1 milhões, na cotação de hoje).


Moro determinou que Silva seja preso antes de a segunda instância, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, analisar recursos sobre a sentença porque considerou que houve “reiteração de lavagem, dissipação de ativos, fuga e destruição de provas”. “Não se vislumbram medidas cautelares alternativas aptas à substituição da prisão cautelar para preveni-los”, diz Moro. “Portanto, Luis Carlos Moreira da Silva deverá responder preso cautelarmente eventual fase recursal”.


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Silva, de acordo com quebra de sigilo de seu e-mail, “apagou, seletivamente, mensagens de teor incriminatório”. O ex-gerente e o alvo do mandado de prisão temporária –o nome não foi divulgado– serão levados para a carceragem da PF em Curitiba. Os alvos da operação responderão pela prática dos crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.


Na mesma sentença, Moro também condenou:



  • Demarco Jorge Epifânio, ex-gerente da Petrobras: corrupção passiva

  • Agosthilde Monaco de Carvalho, ex-funcionário da Petrobras: lavagem de dinheiro

  • Jorge Luz, lobista: corrupção passiva e lavagem de dinheiro

  • Bruno Luz, lobista: lavagem de dinheiro

  • Milton Schahin, executivo do grupo Schahin: lavagem de dinheiro

  • Fernando Schahin, executivo do grupo Schahin: lavagem de dinheiro


Ao contrário de Silva, todos eles poderão recorrer em liberdade.


Segundo a PF, a operação de hoje é decorrente de investigação sobre o Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, que lidava com o pagamento de propina.


Além das duasordens de prisão, há quatro mandados de busca e apreensão, sendo um deles no Recife e os outros, no Rio. No Estado fluminense, também há um mandado de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir prestar esclarecimentos), além de três intimações com a imposição de outras medidas cautelares. A PF não detalha que medidas seriam essas.


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