Jovem denuncia pastor da Igreja Universal em BH por racismo; "tem que passar chapinha no seu cabelo"
O caso ocorreu quando Ana Clara questionou um ponto de luz no rosto do apresentador e, nesse momento, ele disparou o comentário.
reprodução/ redes sociais Uma jovem, identificada como Ana Clara da Mota Santos, de 23 anos, assistente de produção da TV Universal, Emissora da Igreja Universal do Reino de Deus, fez uma denúncia contra o pastor Lázaro Augusto da Rosa, após o homem fazer um comentário com teor racista no estúdio de gravação do programa. O caso aconteceu na última segunda-feira (16/5), na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O caso ocorreu quando Ana Clara questionou um ponto de luz no rosto do apresentador e, nesse momento, ele disparou o comentário. “Eu estava hoje fazendo meu trabalho, gravando uma programação com um pastor e, ao questioná-lo sobre um ponto, um brilho que estava no rosto, ele devolveu a resposta falando comigo: ‘tem que passar chapinha no seu cabelo’”, denunciou Ana, que foi à delegacia, acompanhada do seu pai.
Apoiada pelo pai e advogado, Cláudio Anderson dos Santos, ela conseguiu recuperar a gravação de áudio que comprova a conversa e decidiu levar à delegacia ontem, no mesmo dia em que sofreu a agressão verbal. O enquadramento em injúria racial ainda está sendo analisado pela polícia, que investiga o caso.
Segundo a assistente de produção, não é a primeira vez que o pastor faz esse tipo de comentário racista, sempre direionados a ela. Em outras situações, a jovem não tinha provas suficientes.
De acordo com o portal Notícia Preta, a Igreja Universal do Reino de Deus, por meio de nota, informou sobre a realização de uma apuração interna dos fatos e o ocorrido não condiz com a cultura da instituição. Além disso, a congregação disse que “está apurando internamente os fatos do caso que, por sinal, não reflete a sua cultura inclusiva e de total respeito a todos. Quem frequenta qualquer culto da Universal, em qualquer país do mundo, comprova que bispos, pastores e fiéis são de todas as origens, etnias e tons de pele, de todas as classes sociais”, finaliza o pronunciamento sobre a ação do pastor da Igreja Universal.
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