Investigações apontam que Crivella usou igreja Universal para lavagem de dinheiro; R$ 6 bilhões foram movimentados
Investigações apontam que Crivella usou igreja Universal para lavagem de dinheiro; R$ 6 bilhões foram movimentados
Investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontam que o prefeito da capital fluminense, Marcello Crivella (Republicanos), teria usado a igreja Universal para lavagem de dinheiro, recebido em propinas. Crivella foi preso na manhã desta terça-feira (22/12), em operação conjunta do MP-RJ e da Polícia Civil.
De acordo com informações obtidas pelo UOL, o órgão identificou uma circulação atípica de quase R$ 6 bilhões na igreja Universal do Reino de Deus, entre os meses de maio de 2018 e abril de 2019. A igreja ainda não se manifestou sobre o caso.
Os promotores do MP acreditam que essa "movimentação financeira anormal" serviu como uma indevida utilização da instituição religiosa para ocultação da renda com o esquema de propinas. Conforme a BandNews, do Rio, Crivella mantém uma estreita relação religiosa com o ex-tesoureiro de campanha, Mauro Macedo, primo de Edir Macedo, fundador da igreja Universal, e Eduardo Benedito Lopes (Republicanos), também bispo da instituição e ex-senador.
A primeiro suspeita ocorreu em setembro deste ano, com base em dados revelados em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda. No documento, foi observado a entrada de dinheiro vivo e transferências bancárias nos CNPJs ligados à igreja.
PROPINA
A ação que levou à prisão de Crivella é um desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março deste ano. O prefeito do Rio está sendo investigado por participar de um suposto esquema ilegal que atuava na Prefeitura do Rio. Empresas que desejavam fechar contratos com a prefeitura ou tinham recursos a receber do município, eram obrigadas a pagar proprina.
De acordo com as investigações, além de Crivella, o esquema também contava com as participações de Eduardo Lopes, e do empresário Rafael Alves. Eles foram identificados como os operadores financeiros do chamado "primeiro escalão do grupo criminoso".
Após a prisão de Crivella, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita suspendeu o prefeito do exercício da função. O mandato terminaria em 31 de dezembro deste ano, já que ele não foi reeleito.
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