Instituição ligada à OAB-BA cria auxílio para advogadas e estagiárias vítimas de violência doméstica; entenda
Diante do grande crescimento dos casos de violência doméstica em todo o estado, a Caixa de Assistência dos Advogados do Estado da Bahia (CAAB) decidiu criar um auxílio para proteger e acolher advogadas e estagiárias inscritas na OAB-BA, que se encontrem nessa situação. Por meio de resolução aprovada nesta quinta-feira (25/3), a diretoria da CAAB garante atendimento psicológico, assessoramento jurídico e hospedagem para associadas que solicitem a ajuda da instituição.
Com o auxílio, Caixa de Assistência cria uma rede de apoio que garante o atendimento psicológico, que será prestado por profissionais indicados e custeados pela CAAB de forma presencial ou à distância. O assessoramento jurídico será prestado, preferencialmente, por advogadas indicadas pela Comissão da Mulher Advogada da OAB-BA, cujas despesas operacionais, excluídos os honorários, serão custeadas pela CAAB. Já a hospedagem será em hotel indicado e custeado pela instituição em apartamento simples, se dará pelo prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Para ter direito ao auxílio a requerente deverá atender a três requisitos. O primeiro é estar inscrita na OAB-BA há pelo menos um ano. O segundo é estar em dia com a anuidade junto à Ordem. Por fim, se encontrar em situação de vulnerabilidade comprovada através de Boletim de Ocorrência confeccionado por autoridade policial ou de decisão judicial que concede Medida Protetiva nos termos da Lei 11.340/2006.
Os requerimentos, que não serão tornados públicos, exceto quando expressamente autorizado pela requerente, deverão ser formulados através do site da CAAB onde estarão disponíveis as orientações necessárias para a solicitação do acolhimento da instituição.
NÚMEROS
Dados apontados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que a cada ano 1,3 milhões de mulheres são agredidas no Brasil. Em 2020 o país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher. Segundo especialistas no assunto, o isolamento social tem exacerbado os conflitos familiares e obrigado mulheres à permanecerem em convivência com seus agressores no seu lar, por um período mais prolongado.
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