‘SEREISMO NA BERLINDA’: Inmetro promove campanha de alerta sobre o uso da cauda
‘SEREISMO NA BERLINDA’: Inmetro promove campanha de alerta sobre o uso da cauda
No rastro do sucesso da novela ?A Força do Querer? e da personagem Ritinha, interpretada pela atriz Isis Valverde, o mercado do sereismo só cresce, e o uso de caudas fakes de sereia atrai um número cada vez maior de crianças e adolescentes. Neste verão, e atento ao período das férias escolares, o Inmetro está lançando uma campanha de conscientização para alertar pais e responsáveis sobre os perigos da cauda de sereia, acessório voltado para uso na água que limita os movimentos das pernas do usuário.
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Durante o monitoramento de produtos com risco potencial de acidentes relacionados à segurança, estudos realizados pelo instituto apontaram, em todos os cenários considerados, para o risco grave associado à cauda de sereia. O uso do acessório pode, inclusive, levar a afogamento e morte, alerta o Inmetro. Para discutir o tema, o instituto criou, ainda, uma Comissão Técnica, formada pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa); pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); e pela ONG Criança Segura Safe Kids Brasil.
Segundo dados da Sobrasa, em média, 17 brasileiros morrem afogados todos os dias. O afogamento é a segunda causa de óbito de crianças de um a nove anos de idade, e a terceira entre jovens de 10 a 14 anos. A Sobrasa informa ainda que 51% das mortes em piscinas, por afogamento, ocorrem com crianças na faixa de uma a nove anos de idade, enquanto que 44% dos afogamentos no país ocorrem entre os meses de novembro a fevereiro. Ou seja: especialmente ao longo do verão.
Diretor de Avaliação da Conformidade do Instituto, Luiz Antonio Lourenço Marques lembra que o produto tem grande apelo para público infanto-juvenil e que, tomada pela fantasia, a criança pode imitar uma sereia, mas tem seus movimentos dificultados pelo uso do acessório e fica impedida de flutar. ?Isso a expõe a situações de perigo, que podem resultar em afogamento e morte?, alerta Marques.
Além disso, o acessório compromete o equilíbrio, dificultando inclusive de a pessoa ficar de pé e pode levar ao afogamento de forma silenciosa, até em piscinas rasas, mesmo para nadadores experientes. O diretor do Inmetro ressalta que, por vezes, no ambiente de piscina, por exemplo, as pessoas tendem a relaxar e não ficar tão atentas. Mas, enfatiza que, quando as crianças estão na água, a observação de um adulto é imprescindível.
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