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Governo notifica empresa responsável por barco suspeito de vazamento de óleo

Governo notifica empresa responsável por barco suspeito de vazamento de óleo

Por Da Redação

Governo notifica empresa responsável por barco suspeito de vazamento de óleodivulgação/PMLF

A empresa grega Delta Tankers, responsável pelo navio Boubolina, suspeito do vazamento do óleo que invadiu as praias do Nordeste, foi notificada pelo governo federal nesta segunda-feira (4/11). Segundo representantes do Executivo, o dano ainda está sendo calculado, mas pode chegar a bilhões de reais.

Caso comprovada a responsabilidade da Delta Tankers, a empresa poderá responder pelas infrações ambientais, assim como por danos aos comerciantes da região. O presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Leonardo Bim, lembrou que a multa máxima pela legislação é de R$ 50 milhões, mas que o valor final pode ir além deste montante.

De acordo com a investigação, conduzida pela Polícia Federal e pela Marinha, em julho deste ano o navio teria feito um carregamento na Venezuela, passado pela costa brasileira e seguido à Cingapura, com destino à Malásia. Lá, o Boubolina teria feito uma operação "barco a barco" de transferência de barris de óleo. 

Em coletiva, o chefe de geointeligência da PF, Franco Perazzoni, declarou que a corporação cobrou por meio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) que a companhia Delta Tankers se pronunciasse sobre o vazamento e esclarecesse informações sobre a viagem, como quem comandava o veículo, quanto foi carregado na Venezuela e qual foi o destino do óleo.

Um inquérito foi aberto pela Superintendência da PF no Rio Grande do Norte. A ação investiga diversos ilícitos relacionados ao episódio, como crime ambiental. Diante das evidências de óleo no Parque de Abrolhos, no Sul da Bahia, as irregularidades incluiriam também violações contra áreas de proteção. Franco Perazzoni explicou, ainda, que a empresa grega é a única suspeita, mas que a equipe ainda vai analisar as resposta da instituição e das autoridades marítimas, não tendo ocorrido ainda o indiciamento da firma.

?Agora é a fase mais complexa no exterior. Já iniciamos a cooperação policial. Pedimos para a Grécia quem são os donos, quando abasteceu. Estamos aguardando os resultados de pedidos de cooperação e explorando toda forma de buscar dados. Temos que obter documentação, avançar para reunir elementos que necessitamos para chegar a conclusões?, comentou Perazzoni.

Além disso, inquéritos foram abertos pela Marinha juntamente a autoridades marítimas, inclusive internacionais. ?A Marinha abriu inquérito administrativo que vai para o tribunal marítimo. Eles têm um poder de alcançar os responsáveis. A autoridade marítima brasileira oficiou autoridade marítima grega?, relatou o comandante operacional da Força, Leonardo Puntel.

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