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Suspeitos que falsificavam benefícios do INSS são presos na Bahia em investigação da PF

As investigações tiveram início há cerca três meses, quando se identificou a existência de diversos benefícios.

Por Mateus Xavier

Suspeitos que falsificavam benefícios do INSS são presos na Bahia em investigação da PFCréditos da foto: Divulgação/PF
Ao menos duas pessoas acabaram presas, suspeitas de emitir falsos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O cumprimento dos dois pedidos de prisão foram feitos por equipes da Polícia Federal (PF) nos municípios de Salvador, Camaçari e Dias D'Ávila, nesta terça-feira (12/12). A operação é designada por "Zenon".
Segundo a PF, o trabalho das autoridades busca desarticular uma organização criminosa que fraudava benefícios de aposentadoria por invalidez na Região Metropolitana de Salvador. Ao todo, foram oito mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e um mandado por condenação definitiva.

O grupo criminoso inseria informações nos sistemas do INSS como se houvesse um processo judicial concedendo benefícios de aposentadoria por invalidez, sempre com valor de salário no teto da Previdência. Porém, após pesquisas, verificou-se que os números de processo não existiam e que não havia cópia das decisões judiciais anexadas ao dossiê da concessão.


Além disso, constatou-se que as matrículas dos servidores que supostamente teriam concedido os benefícios pertencem a servidores já aposentados e que não possuem mais qualquer vínculo com o INSS.


Foram identificados, até o momento, pelo menos 15 benefícios concedidos na forma fraudulenta acima descrita. Apesar da implementação dos benefícios, o setor de monitoramento do INSS conseguiu bloquear os pagamentos a tempo, não tendo havido saque das aposentadorias por invalidez. Mesmo após os bloqueios, os fraudadores entraram nos sistemas do INSS para solicitar o desbloqueio desses pagamentos.


Conforme os cálculos do Ministério da Previdência, caso os benefícios fraudulentos não tivessem sido bloqueados, o prejuízo causado poderia ter sido de 76 milhões de reais (considerando os valores retroativos que seriam pagos e os que seriam disponibilizados mensalmente, de forma vitalícia, a cada beneficiário ao longo da vida).


Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informações, estelionato previdenciário, modalidade tentada, dentre outros, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.


As investigações tiveram início há cerca três meses, quando se identificou a existência de diversos benefícios previdenciários concedidos fraudulentamente mediante a inserção de dados falsos nos sistemas do INSS.

LEIA MAIS: Mais de 170 pessoas são presas na Bahia; lista tem suspeitos de estupro e vereador que ateou fogo à companheira


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