Etarismo atinge cerca de 16% da população brasileira; mulheres são principais vítimas do preconceito
Levantamento realizado pela OMS mostrou que cerca de 16,8% dos brasileiros acima de 50 anos já foram vítimas de discriminação relacionada à idade
O etarismo ou ageísmo ("age" significa "idade", em inglês) é um tipo de preconceito contra pessoas ou grupos de indivíduos por causa da idade. A discriminação é feita com base em esteriótipos e tem relação com questionamentos a respeito da capacidade de pessoas mais velhas tomarem decisões, exercerem determinadas profissões e até executar tarefas cotidianas.
Um levantamento realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que cerca de 16,8% dos brasileiros acima de 50 anos já foram vítimas de discriminação relacionada à idade avançada, e as mulheres são as principais vítimas desse tipo de preconceito.
Recentemente, um caso viralizou nas redes sociais, após estudantes universitárias de um curso de biomedicina debocharem de uma colega, de mais de 40 anos, ter ingressado na instituição de ensino. Faculdades têm recebido, cada vez mais, demandas de alunos com idade superior a 40 anos que têm buscado qualificação para o mercado de trabalho.
Uma pesquisa realizada pela Maturi - que é uma comunidade de profissionais maduros -, em parceria com a Noz Pesquisa e Inteligência, indica que mais da metade dos entrevistados perdeu o emprego na pandemia. Para 67% deles, a principal motivação foi o preconceito de idade, que reflete em desafios para permanecer ou se realocar no mercado de trabalho.
O livro "A Invenção de uma Bela Velhice", da antropóloga Mirian Goldenberg, responsável por uma pesquisa sobre envelhecimento, enfatiza o peso da velhice para o gênero feminino. Segunda a publicação da pesquisadora, 96% das entrevistadas disseram que deixariam de usar algo porque envelheceram. A resposta foi diferente entre os homens: só 9% deles mudariam os hábitos devido à idade.
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