Dois suspeitos de agredir e matar congolês em barraca de praia são presos e dão novas versões ao caso
Segundo a família, Moïse Mugenyi foi espancado por 15 minutos e chegou a ter mãos e pés amarrados. Suspeitos, entretanto, falam de uso de drogas e agressão.
Dois suspeitos de assassinar a pauladas o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 25 anos, em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, já foram detidos pela polícia. Um deles se entregou a justiça e o outro foi encontrado dentro de casa e não ofereceu resistência.
Na versão da família, Moïse teria trabalhado no quiosque Tropicália e não teria recebido os R$ 200 reais prometidos como pagamento. Ele teria voltado ao estabelecimento para cobrar o valor quando foi agredido. Os suspeitos, por sua vez, dizem que o congolês abusava do uso de drogas e teria tentado agredir um idoso no local. Vídeos de câmera de segurança mostram o jovem tirando a camisa e sendo agredido com socos, chutes e pauladas por três homens. Depois, eles tentam reanimá-lo com massagem cardíaca.
SUSPEITOS
O primeiro deles se se apresentou na 34ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro (Bangu), nesta terça-feira (1/2). Segundo o SBT Rio, o homem, que não quer ser identificado, divulgou em um grupo de whatsapp um vídeo confessando a participação no crime: "Eu sou um dos envolvidos na morte do congolês, na Barra da Tijuca. Vou deixar aqui claro que ninguém foi na intenção de tirar a vida dele. Ninguém foi fazer justiça porque ele era negro", afirma o suspeito.
Moïse teria sido espancado porque tentou agredir um idoso, acrescenta o agressor em áudio: "A gente se meteu, a gente 'se metemo', demos umas porradas nele. Só que o que acontece? O cara não resistiu. A gente foi defender uma pessoa, acabou acontecendo essa fatalidade", diz ele.
Já o segundo suspeito, ainda de acordo com a apuração do SBT Rio, se chama Fábio, e estava escondido na casa de parentes. A polícia precisou arrombar a porta do imóvel, mas ele não resistiu à prisão. O homem é ambulante na praia onde o estrangeiro foi assassinado, porém não trabalhava no quiosque onde o crime aconteceu.
Aos policiais, o suspeito afirmou que a ideia era bater em Moïse para dar uma lição nele, já que, segundo os agressores, o congolês vinha causando transtornos e usando drogas.
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