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DIA DO ORGULHO GAY: LGBTs são mais visados em golpes de paquera pela internet; Veja cuidados

DIA DO ORGULHO GAY: LGBTs são mais visados em golpes de paquera pela internet; Veja cuidados

Por Da Redação

DIA DO ORGULHO GAY: LGBTs são mais visados em golpes de paquera pela internet; Veja cuidadosReprodução

Neste 28 de junho, quarta-feira, é o Dia do Orgulho Gay. A data é celebrada em todo mundo em memória ao ativismo ocorrido em Nova Iorque, em 1969. Na data, gays se rebelaram contra a polícia no bar de Stonewall Inn, que fazia batidas frequentes e humilhava os clientes pela opção sexual.


Embora as conquistas dos LGBTs sejam constantes ainda há riscos e ataques frequentes. Aplicativos de paqueras gays, por exemplo, têm sido usado como isca para prática de crimes cibernéticos.


De acordo com o ‘Me Salte’, sessão do jornal Correio voltado para o público gay, um homem está usando um perfil falso para atrair gays em possíveis encontros e cometer assaltos em áreas como Av. Bonocô e Av. Paralela, em Salvador. Ainda segundo a publicação, em dois meses já foram 9 casos e todos com as mesmas características. A vítima conhece o homem através do aplicativo, marca o encontro e ao chegar no local é abordado por uma pessoa de moto que leva todos os pertences da vítima.


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O jornalista Filipe Gonçalves, de 25 anos, já esteve inserido dentro desse grupo de pessoas que buscam relações em aplicativos de relacionamentos para o público LGBT.  Ele conta que, durante quatro meses, acompanhou de perto a rotina de sexo casual, usando apenas os critérios de atração física e quase caiu num cilada.


Em uma das situação, Filipe conta que ficou assustado após conhecer um cara que estava visivelmente afoito para ir ao seu encontro, demonstrando um interesse além do comum para o primeiro contato. “O cara estava muito apressado querendo vir na minha casa, ficava pedindo meu endereço de maneira insistente”, relembra ele.


Filipe explica também que depois desse caso passou a omitir alguns detalhes como sobrenome, foto de rosto, além de evitar falar sobre coisas familiares que pudessem expor sua intimidade. “As vezes você está conversando com alguém por um tempo e já se sente a vontade para contar segredes. Mas muita gente esquece que ainda é muito cedo para abrir a vida”.


Outro usuário assíduo do Grindr, que prefere não se identificar, revela que nunca passou por situações delicadas, pois sempre segue seus instintos. Segundo ele, apesar de não ter muitos critérios na hora da paquera, se houver uma pé atrás a saída é cancelada.


“Não sou muito de exigências, mas não gosto de pessoas com perfis heteronormativos e caras muito mais velho do que eu. Minha avaliação é muito simples, se eu tiver algum receio, mesmo que valha a pena, eu não vou”, conta.


Para ele, é importantíssimo obter o máximo de informações possíveis do parceiro, coisas como trocar as rede sociais e dar aquela boa e velha conferida antes. “Eu não costumo encontrar ninguém logo no primeiro dia da conversa. Geralmente marco no shopping, mas quando é algo mais pontual que rola sexo, eu marco perto de algum hotel em um lugar movimentado”. diz


ROMANCE


Sempre atenta as novidades do mundo tecnológico, a estudante de publicidade Janieli Mota, de 25 anos, revela que usa diversos programas voltados para o público LGBT. No entanto, ela explica que sempre se preocupou com sua integridade física e por isso evita correr certos riscos.


“Eu sempre usei esses aplicativos e nunca passei por nenhuma situação porque mantenho a calma e não tenho ‘afobação’. Um coisa quase infalível para constatar perfil  falso é procurar saber se a pessoa do aplicativo tem outra rede social, daí você pode ver fotos, amigos  e analisar os comentários”


Ainda segundo a estudante, a maioria dos seus relacionamentos foram todos iniciados através da internet e sempre duraram anos por conta das precauções. “Meu relacionamento atual tem três anos e é fruto de um aplicativo para lésbicas. Além disso, eu tenho amigos que chegaram a se casar após um romance na web”, contou.


VEJA VÍDEO: 



Como base na observação dos comportamentos, a psicanalista Clarissa Lago revela que pessoas buscam relações pela internet por conta da comodidade que isso proporciona. Em alguns casos, isso pode funcionar  a longo prazo, mas o risco de conhecer alguém sem nada para oferecer é grande, além da exposição e risco de violência.


“Muitos afirmam que fazem isso pela facilidade e também pelos próprios medos, pois no virtual isso é burlado. Mas é preciso entender sobre gerar ou não as expectativas, até porque no mundo virtual são sempre apostas, sem nenhuma garantia”, pontuou.


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Ainda segundo Clarissa, a busca pelo sexo fácil e barato está muito relacionado a esses tipos de relações que, na maioria da vezes, acaba sendo uma válvula de escape para pessoas que são tímidas ou apresentam algum tipo de rejeição contra seu próprio corpo.


“Na maioria desses aplicativos você só tem foto de rosto, e não precisa mostrar o corpo. Muitas pessoas enxergam isso como uma espécie de cardápio humano fazendo uma pseuda escolha, até porque você não sabe quem está do doutro lado”.


Para Clarissa, é muito mais saudável tentar estreitar os laços vendo e ouvindo a pessoa no mundo mais real, pois no mundo virtual você pode estar buscando algo no imaginário. “Na verdade, as pessoas precisam se encontrar antes de encontrar alguém e com isso se tornar donos de suas próprias histórias”, concluiu.


DICAS IMPORTANTES*



  • Marque sempre com as pessoas em locais públicos como por exemplo shoppings.

  • Certifique-se que a pessoa tem perfil em outras redes sociais como Facebook, Instagram, WhatsApp.

  • Carona é ótimo, mas no primeiro encontro prefira gastar seu dinheiro do buzu, táxi, uber ou gasolina para ir ao encontro por meios próprios.

  • Não conte detalhes sobre sua vida toda pelo aplicativo. Nada de fala nome completo ou postar foto com a família

  • Omita, ao máximo, informações que possam lhe identificar.

  • Não diga quanto você ganha, onde trabalha ou informações que possam despertar a atenção para seus pertences

  • Sempre conte para mais de  um (a) amigo (a) quando tiver uma saída com aquele contatinho

  • Se você souber que está tendo suas fotos usadas por alguém no aplicativo denuncie.


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