Defesa de Crivella entra com habeas corpus no STJ; prefeito é investigado por lavagem de dinheiro

A defesa do prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), entrou com pedido de liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Devido ao período de recesso no Judiciário, o habeas corpus será analisado pelo presidente do tribunal, ministro Humberto Martins. Ele foi preso em operação conjunta do MP-RJ e da Polícia Civil, por determinação da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. 

Investigações do MP-RJ apontam que Crivella, teria usado a igreja Universal para lavagem de dinheiro, recebido em propinas. De acordo com informações obtidas pelo Uol, o órgão identificou uma circulação atípica de quase R$ 6 bilhões na igreja Universal do Reino de Deus, entre os meses de maio de 2018 e abril de 2019.

A prisão do prefeito e de outros investigados foi realizada em ação do MP-RJ e da Polícia Civil, e ocorreram no desdobramento da Operação Hades, que apura corrupção na prefeitura da cidade e tem como base a delação do doleiro Sergio Mizrahy.

Ao chegar à Cidade da Polícia, o prefeito atribuiu a sua prisão a uma perseguição política. “Perseguição política. Lutei contra o pedágio ilegal e injusto, tirei recursos do carnaval, negociei com o VLT. Foi o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, afirmou.

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